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CEO da Nvidia vai a Taiwan e se reúne com TSMC em meio a restrições para chips de IA na China

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O diretor-presidente da Nvidia, Jensen Huang, desembarcou em Taipei nesta sexta-feira (22) para uma visita relâmpago à Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC), principal fundição de chips da empresa. A passagem ocorre poucos dias antes da divulgação dos resultados trimestrais da Nvidia e em meio à intensificação das disputas entre Estados Unidos e China pelo acesso a semicondutores avançados.

Huang chegou ao aeroporto Songshan a bordo de um jato particular e disse a jornalistas que permaneceria na capital taiwanesa por algumas horas, encerrando a agenda com um jantar com executivos da TSMC. Segundo ele, a companhia taiwanesa solicitou que fizesse um discurso interno sobre filosofia de gestão.

Seis chips concluídos para a arquitetura Rubin

O executivo informou que a Nvidia concluiu o desenvolvimento de seis novos chips — entre eles uma GPU inédita e um processador de fotônica de silício — destinados aos futuros supercomputadores da arquitetura Rubin. “Esta é a primeira arquitetura na história da Nvidia em que cada chip é novo e revolucionário”, afirmou, acrescentando que todos os projetos já passaram pelo processo de tape-out.

Pressão de Washington e Pequim sobre o H20

A visita acontece enquanto a Nvidia enfrenta incertezas sobre o H20, chip de inteligência artificial desenhado para contornar as restrições de exportação impostas pelos EUA em 2023. Embora Washington tenha liberado a retomada das vendas em julho, autoridades chinesas alegaram riscos de segurança, levando a empresa a pedir a alguns fornecedores que suspendessem temporariamente trabalhos relacionados ao componente.

De acordo com fontes ouvidas pela Reuters, a Foxconn recebeu orientação para pausar atividades ligadas ao H20, e situações semelhantes teriam sido comunicadas à Amkor Technology e à sul-coreana Samsung, responsável pelos chips de memória de alta largura de banda usados no modelo.

Huang declarou em Taipei que há “quantidade significativa” de H20 já pronta e que novas encomendas à TSMC dependerão dos pedidos de clientes chineses. “Gerenciamos constantemente nossa cadeia de suprimentos para lidar com as condições do mercado”, disse um porta-voz da Nvidia, reforçando que o H20 “não é produto militar nem destinado a infraestrutura governamental”.

Sucedâneo do H20 em negociação

Paralelamente, a Nvidia estuda um novo chip, provisoriamente chamado B30A, baseado na arquitetura Blackwell e considerado mais potente que o H20. Huang confirmou que a companhia conversa com o governo dos EUA sobre a possível oferta de um sucessor para o mercado chinês, mas ressaltou que a decisão final caberá às autoridades de Washington.

Mais cedo neste mês, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sinalizou abertura para que chips mais avançados da Nvidia, além do H20, sejam vendidos na China, em acordo que prevê o repasse de 15% da receita dessas transações ao governo norte-americano.

Após obter sinal verde dos EUA em julho, a Nvidia fez um pedido de 300 mil unidades do H20 à TSMC para reforçar estoques diante da forte demanda de empresas chinesas. Dias depois, porém, órgãos reguladores de Pequim voltaram a questionar a segurança do chip, levando a nova onda de incerteza sobre seu futuro.

A Nvidia nega a existência de qualquer backdoor em seus produtos e mantém que o envio do H20 “não representa risco à segurança nacional”.

Com informações de Valor Econômico

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