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A China programou para 3 de setembro, em Pequim, um desfile militar que marcará os 80 anos da rendição do Japão na Segunda Guerra Mundial. O evento, que deve durar cerca de 70 minutos, reunirá dezenas de milhares de militares e apresentará equipamentos de alta tecnologia ainda inéditos ao público, segundo autoridades das Forças Armadas chinesas.
Em coletiva realizada nesta quarta-feira (20), integrantes da comissão organizadora informaram que o cortejo contará com 45 formações e mobilizará caças, bombardeiros e cerca de 200 aeronaves no total. Entre os destaques estão mísseis de ataque de precisão capazes de atingir velocidades cinco vezes superiores à do som, além de veículos equipados para neutralizar drones, tanques de nova geração e aviões de alerta antecipado destinados à proteção dos porta-aviões do país.
Vice-diretor do desfile, Wu Zeke afirmou que os sistemas que serão revelados “comprovarão a capacidade das forças chinesas de acompanhar os avanços tecnológicos, adaptar-se a novos padrões de combate e vencer guerras futuras”. Embora não tenha divulgado quantidades exatas, o comando militar indicou que os armamentos inéditos representarão parte significativa do material que passará pela Praça da Paz Celestial.
O presidente Xi Jinping chefiará a cerimônia, que deve receber chefes de Estado estrangeiros, entre eles o presidente da Rússia, Vladimir Putin. No desfile equivalente realizado em 2015, mais de 12 mil soldados — incluindo contingentes de Rússia, Belarus, Mongólia e Camboja — marcharam pelo centro da capital ao lado de veteranos. Naquela ocasião, líderes ocidentais evitaram o convite, temendo a mensagem de expansão militar de Pequim.
Para o ato deste ano ainda não foram confirmados quais países enviarão tropas ou representantes de alto escalão. Apesar disso, adidos militares e analistas de defesa esperam a exibição de novos modelos de mísseis antinavio e armamentos considerados hipersônicos, ponto de atenção para Estados Unidos e aliados diante de um eventual conflito regional.

Imagem: valor.globo.com
Ensaios em larga escala ocorreram nos fins de semana de 9 e 10, e de 16 e 17 de agosto, envolvendo entre 22 mil e 40 mil participantes, entre militares, policiais e moradores. Durante os testes, as autoridades fecharam centros comerciais, desviaram o trânsito e instalaram postos de controle adicionais nas principais vias do centro de Pequim. Segundo os organizadores, os preparativos estão praticamente concluídos.
Com informações de Valor Econômico


