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A adoção da cirurgia robótica deve transformar os cuidados médicos na próxima década. Segundo o relatório Future of Healthcare, elaborado pela consultoria GlobalData e divulgado pelo portal Saúde Business, o segmento de dispositivos para cirurgias gerais pode movimentar US$ 58 bilhões (cerca de R$ 319,97 bilhões) até 2033.
O urologista Dr. Arthur Rodrigues, especialista em uro-oncologia, videolaparoscopia e cirurgia robótica, afirma que a tecnologia deixou de ser promessa. “Até 2035, discutiremos personalização cirúrgica, integração de inteligência artificial e realidade aumentada na navegação intraoperatória”, projeta.
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A especialidade foi uma das primeiras a incorporar plataformas robóticas, principalmente na prostatectomia radical. A anatomia pélvica estreita e a necessidade de preservar estruturas neurovasculares favorecem o uso do robô. Hoje, o método também é aplicado em nefrectomia parcial com isquemia zero, cistectomia radical com derivação intracorpórea, pieloplastia, ureteroplastias complexas, reimplantes ureterais e cirurgias reconstrutivas.
Precisão milimétrica
Entre os diferenciais, o sistema robótico oferece visão aumentada em dez vezes, imagem em 3D e instrumentos com sete graus de liberdade que replicam os movimentos da mão humana, eliminando tremores. Isso possibilita a dissecação dos feixes neurovasculares com menor sangramento, preservação da função erétil e continência urinária, além de redução no tempo de isquemia e na manipulação tecidual.
Evidências clínicas
Metanálises apontam vantagens consistentes em relação às técnicas tradicionais: menor dor pós-operatória, menor consumo de opioides, redução de sangramento intraoperatório, menor necessidade de transfusão, internação média de um a dois dias e retorno às atividades habituais em 7 a 14 dias. Há ainda menor risco de infecção de ferida e maior satisfação do paciente.
Casos complexos
A robótica tem ampliado as opções terapêuticas para pacientes com obesidade, próstata volumosa, doença localmente avançada ou antecedente de cirurgias pélvicas. O procedimento também integra protocolos de cirurgia de resgate após radioterapia, nos quais a dissecação precisa é essencial.
Imagem: de Phonlamaistudio no Freepik via valor.globo.com
Formação do cirurgião
Para atuar com robôs, o urologista deve dominar anatomia tridimensional, técnicas finas de dissecção e hemostasia, uso de energia e grampeadores robóticos, além de realizar treinamento em simuladores e cirurgias supervisionadas. Estima-se que, após 20 a 40 prostatectomias robóticas, o profissional atinja um patamar técnico aceitável.
Cenário brasileiro
O Brasil conta com mais de 120 sistemas robóticos instalados. Contudo, custos de aquisição, insumos, capacitação de equipes e a incorporação nos sistemas público e suplementar ainda representam desafios, somados à desigualdade regional de acesso.
Para o Dr. Arthur Rodrigues, a chegada de novos fabricantes, plataformas de menor custo e recursos como IA, cirurgia remota, navegação 3D e fluorescência intraoperatória tende a democratizar o método nos próximos anos.
Com informações de Valor Econômico
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