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COP30 em Belém enfrenta críticas internacionais por falta de hospedagem e preços elevados

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A menos de 100 dias da COP30, prevista para começar em 5 de novembro em Belém (PA), governos estrangeiros e organizações da sociedade civil pressionam o Brasil por temores de um possível colapso logístico. Delegações reclamam de escassez de quartos e de valores considerados proibitivos na capital paraense, que deverá receber cerca de 50 mil participantes.

Hospedagem no centro da polêmica

Em carta de 19 páginas enviada a países-membros da ONU, os organizadores brasileiros descartaram qualquer mudança de cidade-sede e alegaram ter 53 mil leitos mapeados em Belém e arredores. Segundo o documento, são:

  • 14.547 vagas em hotéis;
  • 6.000 em dois navios de cruzeiro (Costa Diadema e MSC Seaview);
  • 10.004 em imóveis de temporada via imobiliárias;
  • 22.452 anúncios no Airbnb.

Ainda assim, quase metade das 48 perguntas recebidas de diferentes delegações tratava do custo ou da disponibilidade de acomodações. O debate levou a secretaria da COP30 a adiar, sem nova data, uma reunião que ocorreria na quarta-feira para tratar do tema.

Preços superam hotéis de luxo

Anúncios recentes mostram o tamanho da disparidade: um apartamento de um quarto listado no Booking.com para os 11 dias da cúpula chegou a R$ 1,4 milhão. Por comparação, um quarto com vista para o mar no Copacabana Palace, no Rio, custaria R$ 96.223 no mesmo período.

Para evitar exclusão de países de menor renda, o governo brasileiro promete pacotes com tarifas reduzidas. Delegações de pequenas ilhas e nações mais pobres receberão 15 quartos por delegação ao custo de US$ 100 a US$ 200 por noite. Os demais países terão 10 quartos cada, com diárias entre US$ 200 e US$ 600.

Navegação e deslocamentos

Os navios-hotel ficarão atracados no Porto de Outeiro, a cerca de 20 km do centro de convenções da COP. A organização estima que o trajeto leve até 30 minutos, mas participantes temem isolamento e perda de tempo em deslocamentos.

Decisão política e ajuste de agenda

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva escolheu Belém para mostrar a realidade amazônica a líderes globais, rejeitando opções em São Paulo ou Rio. Diante das críticas, Lula reafirmou que a sede não será alterada.

Para aliviar a pressão sobre hotéis, o governo dividiu a programação: a cúpula de líderes ocorrerá antes das negociações principais, que têm início oficial em 11 de novembro.

Reação do setor hoteleiro

A Associação Brasileira da Indústria de Hotéis no Pará afirma oferecer 535 quartos em estabelecimentos cinco estrelas por US$ 100 a US$ 300 a diária e incentiva o compartilhamento de quartos. Segundo o presidente da entidade, Tony Santiago, os preços subiram de três a quatro vezes, mas casos extremos estariam sendo revistos diante da baixa procura.

Para críticos como Claudio Angelo, do Observatório do Clima, a falta de estrutura pode comprometer a participação de grupos com menos recursos, colocando em risco a inclusão — um dos objetivos centrais de levar a COP30 à Amazônia.

Com informações de InfoMoney

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