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No primeiro encontro da Comissão Parlamentar de Inquérito do INSS após a escolha da relatoria, o deputado Alfredo Gaspar (União-AL) apresentou, nesta terça-feira (data da sessão), um plano de trabalho que prevê apurar irregularidades em benefícios pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social desde 2015. O período inclui o segundo mandato da ex-presidenta Dilma Rousseff (PT) e se estende até a gestão atual.
A proposta gerou reação imediata de parlamentares aliados ao governo, que ameaçam votar contra o documento. A leitura do plano ocorreu sob a condução do senador Carlos Viana (Podemos-MG), presidente da CPI, que anunciou uma pausa na reunião para tentativa de acordo antes da apreciação do texto ainda hoje.
Em sua exposição, Gaspar ressaltou que a investigação “não terá cor partidária” e que “todos serão investigados”. O relator afirmou que serão analisadas possíveis condutas criminosas “a partir do segundo governo Dilma Rousseff, passando por todas as administrações até os dias atuais”.
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ToggleComissão define vice-presidência
No início da sessão, a base governista conseguiu eleger o deputado Duarte Júnior (PSB-MA) como vice-presidente. Ao assumir o posto, o parlamentar declarou que atuará com “isenção técnica” e que não haverá “bandido de estimação, seja de direita ou de esquerda”.
Requerimentos e nomes sensíveis
A CPI acumula 910 requerimentos pendentes de análise. Entre os pedidos que podem ser votados hoje estão convocações de pessoas ligadas aos governos Lula e Jair Bolsonaro, além do acesso a investigações já em curso sobre fraudes. Um dos nomes considerados sensíveis é o de José Ferreira da Silva, o Frei Chico — irmão do presidente Lula e vice-presidente de um sindicato citado em relatório da Controladoria-Geral da União. Apesar da expectativa, não há requerimento para ouvi-lo na pauta desta sessão.
Disputa política
A instalação da CPI ocorreu em meio a derrotas recentes do governo no Congresso. A eleição de Carlos Viana para a presidência e de Alfredo Gaspar para a relatoria contou com apoio da oposição e surpreendeu a base aliada, que detém maioria numérica, mas não evitou a derrota. O Executivo agora monitora o calendário de reuniões — marcado pela oposição para segundas e quintas-feiras, quando o quórum costuma ser menor — e avalia estratégias jurídicas para restringir convocações consideradas delicadas.
Imagem: infomoney.com.br
Pedidos para chamar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o senador e ex-ministro da Justiça Sergio Moro (União-PR) não estão na lista da sessão desta terça e devem enfrentar resistência na comissão.
Aliados do Palácio do Planalto veem a CPI como teste de articulação política: o desafio é proteger integrantes do governo, reduzir desgastes e, ao mesmo tempo, demonstrar transparência durante a coleta de depoimentos e análise de documentos.
Com informações de InfoMoney
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