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Líderes empresariais pedem crime específico para agressão a trabalhadores que atendem o público

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Mais de 100 executivos britânicos assinaram carta ao governo solicitando que qualquer agressão a profissionais que lidam diretamente com clientes se torne uma infração penal autônoma.

O grupo, que inclui os presidentes-executivos da Nationwide e da empresa de entregas DPD, argumenta que a medida criaria um efeito dissuasório e protegeria empregados de setores como varejo, transporte, hospitalidade e centrais de atendimento.

Atualmente, o Crime and Policing Bill, em tramitação no Parlamento, prevê tipificar a agressão a trabalhadores do varejo como crime específico na Inglaterra e no País de Gales. Os signatários querem ampliar o escopo para todos os profissionais que prestam serviço ao público.

Dados sobre hostilidade

Segundo o Institute of Customer Service (ICS), aproximadamente 60% da força de trabalho do Reino Unido atua em funções de contato direto com o cliente. Em pesquisa recente, 43% desses empregados relataram hostilidade de clientes nos últimos seis meses, alta de 20% em relação ao ano anterior. O estudo aponta ainda que:

  • 37% consideram deixar seus postos devido a agressões;
  • 26% precisaram se afastar do trabalho por causa de abusos.

“O governo deve agir agora para estabelecer uma proteção robusta para todos os trabalhadores de serviço”, afirma a carta aberta divulgada pelo ICS.

Posicionamento do governo

O Ministério do Interior informou que já é crime agredir ou ameaçar alguém e que apoia a polícia no uso de “todo o seu poder” para proteger o público. A pasta destacou o dispositivo no projeto de lei que cria o crime específico para funcionários do varejo, justificando que os ataques a esses profissionais “cresceram de forma acentuada nos últimos anos”.

Desde 2022, a legislação britânica reconhece um fator agravante quando a agressão ocorre contra pessoa que presta serviço público. Para os empresários, contudo, essa agravante não basta.

Líderes empresariais pedem crime específico para agressão a trabalhadores que atendem o público - Imagem do artigo original

Imagem: bbc.com

Detalhes da proposta em discussão

O novo delito de agressão a trabalhador do varejo prevê pena máxima de seis meses de prisão e/ou multa ilimitada. Em caso de primeira condenação, os tribunais tendem a emitir uma ordem de comportamento criminal (CBO), que pode proibir o agressor de voltar ao estabelecimento afetado.

O governo afirma que a tipificação autônoma serviria para registrar separadamente esses crimes, permitindo dimensionar melhor o problema.

Incidentes no setor de transporte

O aumento de agressões também atinge o transporte ferroviário. A Rail Delivery Group declarou que é necessário reforçar a proteção aos funcionários das ferrovias. O gerente de trem da LNER, Phil Banks, relatou ter enfrentado um passageiro agressivo durante a checagem de bilhetes no ano passado. “Não é agradável lidar com uma situação assim; é preciso manter a calma diante da hostilidade”, contou à BBC.

Para o ICS e os signatários da carta, criar um crime específico para agressões a todos os trabalhadores que lidam com o público é essencial para desestimular comportamentos abusivos e reduzir a saída de profissionais desses setores.

Com informações de BBC News

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