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Eduardo Bolsonaro prevê novas sanções dos EUA a autoridades brasileiras e possíveis tarifas adicionais

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WASHINGTON (EUA) – O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou nesta quinta-feira (data da entrevista) que espera novas sanções dos Estados Unidos contra autoridades brasileiras e a ampliação de tarifas sobre produtos do país. O parlamentar concedeu entrevista no escritório da Reuters, na capital norte-americana, depois de reuniões com integrantes do alto escalão do governo dos EUA.

De acordo com o deputado, as medidas seriam uma reação à “crise institucional” provocada, segundo ele, pela atuação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes contra seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro. “Não há como negociar redução de tarifas sem concessões do STF”, declarou.

Tarifas como “remédio amargo”

Eduardo Bolsonaro lembrou que o ex-presidente norte-americano Donald Trump já impôs tarifa de 50% a itens brasileiros como carne bovina, café, peixes e calçados, além de sanções financeiras a Moraes. Ele classificou as tarifas como “remédio amargo” para conter o que chamou de “ofensiva legal descontrolada” contra Jair Bolsonaro, atualmente julgado pela mais alta corte do país sob acusação de conspirar para reverter o resultado das eleições de 2022.

O parlamentar disse ter alertado representantes do agronegócio brasileiro — setor que, segundo ele, apoia as iniciativas nos EUA — de que possíveis perdas financeiras seriam “aceitáveis” para recuperar a “normalidade institucional”.

Pressão diplomática

Na quarta-feira (véspera da entrevista), o Departamento de Estado dos EUA anunciou revogação ou restrição de vistos de diversas autoridades brasileiras envolvidas no programa Mais Médicos, que contou com profissionais cubanos. Eduardo Bolsonaro afirmou acreditar que as restrições cheguem “em breve” ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e possivelmente à ex-presidente Dilma Rousseff, ambos ligados à criação e condução da iniciativa. Procurados, representantes de Padilha e Dilma não comentaram.

Tensões internas

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou as exigências de Trump como afronta à soberania brasileira e se recusou a contatar a Casa Branca. Em entrevista recente à Reuters, Lula chamou Jair e Eduardo Bolsonaro de “traidores” por recorrerem a Washington.

O STF investiga pai e filho por essa aproximação. Moraes determinou prisão domiciliar de Jair Bolsonaro e proibiu contato dele com o deputado ou autoridades estrangeiras.

Próximos passos

Eduardo Bolsonaro disse ver como provável a imposição de sanções norte-americanas contra a esposa de Moraes — advogada de destaque — e não descartou a adoção de novas tarifas. Contudo, avaliou que medidas diretas contra outros ministros do STF são menos prováveis no momento, pois o foco dos EUA estaria em “isolar Moraes”. O Supremo não comentou.

Residência nos EUA e 2026

Morando nos Estados Unidos desde março para buscar apoio de Trump, o deputado evitou detalhar seu status migratório, mas afirmou ter autorização para permanecer “por um bom tempo” e não descartou solicitar asilo ou cidadania. Sobre a eleição presidencial de 2026, reiterou que o candidato da direita é Jair Bolsonaro — hoje inelegível —, mas se dispôs a apoiar qualquer nome indicado pelo pai. “Não ambiciono ser presidente, mas aceitaria se fosse uma missão dada por ele”, disse.

Jair Bolsonaro está inelegível após condenação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Com informações de InfoMoney

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