A partir desta sexta (25), trabalhadores com carteira assinada podem respirar aliviados: o tão aguardado consignado CLT finalmente está disponível diretamente nos aplicativos e sites dos bancos. A novidade, que promete taxas até 50% menores que as de empréstimos pessoais tradicionais, marca uma nova fase do programa Crédito do Trabalhador, lançado pelo governo federal para democratizar o acesso ao crédito com juros reduzidos.
O que muda a partir de hoje?
Até ontem, quem queria contratar o consignado privado precisava obrigatoriamente usar o aplicativo da Carteira de Trabalho Digital (CTPS Digital). A partir de agora, o processo ficou muito mais simples: você pode simular, comparar e contratar diretamente pelo app ou site do seu banco preferido.
“É uma verdadeira revolução no acesso ao crédito para o trabalhador brasileiro”, afirma Maria Fernanda Rocha, especialista em finanças pessoais. “Imagine poder comparar ofertas de diferentes bancos em tempo real e escolher a melhor condição, tudo sem sair de casa.”
Quem pode solicitar o consignado CLT?
O novo consignado está disponível para:
- Trabalhadores com carteira assinada
- MEIs (Microempreendedores Individuais)
- Trabalhadores domésticos
- Trabalhadores rurais
A grande vantagem é que o desconto é feito diretamente na folha de pagamento via eSocial, o que reduz drasticamente o risco para os bancos e, consequentemente, as taxas de juros para você.
O impacto nas finanças dos brasileiros
Desde o lançamento do programa em março, mais de R$ 7 bilhões já foram liberados em empréstimos para trabalhadores formais. A expectativa da Febraban é que cerca de 19 milhões de pessoas possam aderir à nova modalidade nos próximos anos, movimentando mais de R$ 120 bilhões.
Para João Silva, motorista de aplicativo que também tem carteira assinada em uma empresa de logística, o consignado CLT foi um alívio: “Eu pagava quase 8% ao mês em um empréstimo pessoal para reformar minha casa. Consegui trocar por um consignado com taxa de 2,5% e economizo quase R$ 400 por mês só de juros.”
Como solicitar o seu?
O processo é simples e pode ser feito em poucos minutos:
- Acesse o aplicativo ou site do seu banco
- Procure pela opção “Consignado CLT” ou “Crédito do Trabalhador”
- Autorize o compartilhamento de dados com a instituição
- Aguarde as ofertas (disponíveis em até 24 horas)
- Compare as condições e escolha a melhor opção
- Contrate diretamente pela plataforma
E se eu for demitido?
Uma dúvida comum é o que acontece com o empréstimo em caso de demissão. Segundo as regras do programa, o valor restante poderá ser descontado das verbas rescisórias. Além disso, o trabalhador pode usar até 10% do saldo do FGTS e 100% da multa rescisória como garantia.
Cuidados necessários
Apesar das vantagens, especialistas recomendam cautela. “O consignado tem juros mais baixos, mas continua sendo uma dívida. Use para substituir dívidas mais caras ou para investimentos que tragam retorno, como qualificação profissional ou empreendimentos”, alerta Paulo Rodrigues, educador financeiro.
Outro ponto importante: fique atento ao comprometimento da sua renda. A margem consignável permite o comprometimento de até 35% do salário com as parcelas do empréstimo, mas o ideal é não ultrapassar 20% para manter uma folga no orçamento.
O futuro do crédito no Brasil
A ampliação do consignado para trabalhadores da iniciativa privada representa um marco na democratização do crédito no país. Historicamente restrito a servidores públicos, aposentados e pensionistas, o consignado agora chega a uma parcela muito maior da população.
“Estamos vendo uma transformação no mercado de crédito brasileiro. Com taxas mais acessíveis, muitas famílias poderão quitar dívidas caras, como cartão de crédito e cheque especial, melhorando significativamente sua saúde financeira”, conclui Rocha.
Para quem está endividado com juros altos, esta pode ser a oportunidade perfeita para reorganizar as finanças e começar um novo capítulo financeiro. A dica dos especialistas é clara: compare, pesquise e use o crédito de forma consciente.
Nota: Este artigo foi produzido com base em informações oficiais do programa Crédito do Trabalhador e entrevistas com especialistas em finanças pessoais.
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