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Estudo aponta que inteligência artificial pode consumir 6 bilhões de m³ de água por ano até 2027

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O avanço da inteligência artificial (IA) deve pressionar ainda mais os recursos hídricos globais. Pesquisa conduzida pelas universidades de Colorado Riverside e Texas Arlington estima que, em 2027, data centers dedicados a IA podem chegar a gastar mais de 6 bilhões de metros cúbicos de água por ano — volume equivalente ao que quatro Dinamarcas retiram anualmente.

Servidores quentes, água evaporada

Grande parte desse consumo decorre do resfriamento dos servidores. Com altas temperaturas de operação, os equipamentos recorrem a sistemas de refrigeração que utilizam a evaporação da água para manter a temperatura adequada.

Um levantamento do Washington Post em parceria com pesquisadores da Universidade da Califórnia indica que a geração de um texto de 100 palavras no ChatGPT-4 exige, em média, 519 mililitros de água. Ou seja, cada resposta curta do modelo consome meio litro de água potável.

Centros de dados em áreas críticas

Grandes empresas do setor já contabilizam uso relevante em regiões vulneráveis. A Microsoft informou que 42% de toda a água consumida em 2023 veio de áreas sob estresse hídrico. No Google, 15% do volume utilizado foi retirado de localidades com alta escassez.

“Vivemos um paradoxo: a IA promete solucionar desafios globais, mas provoca uma pressão inédita sobre os recursos hídricos”, afirma Rodrigo Xavier, presidente da Hablla e especialista em software como serviço (SaaS).

Tokens, energia e impacto ambiental

Cada interação com ferramentas de IA é medida em tokens — unidades que representam palavras ou símbolos. Quanto maior o número de tokens, maior o gasto de energia e, por consequência, de água para resfriamento. “Uma única consulta complexa pode envolver milhares de tokens, ampliando significativamente o impacto ambiental”, explica Álvaro Magri, pesquisador em bioinformática e diretor de tecnologia da Hablla.

Controle de uso ganha importância

Para reduzir o desperdício, empresas buscam soluções que delimitem quando e como a IA acessa bases de dados. Segundo Xavier, plataformas que permitem configurar agentes autônomos para consultar informações apenas em momentos estratégicos já apresentam economia financeira e ambiental. A Hablla está entre as fornecedoras dessas ferramentas.

Eletricidade em alta e muitos usuários

A Agência Internacional de Energia projeta que, até 2026, o consumo de eletricidade dos data centers — incluindo os voltados a IA — possa chegar a 1.050 terawatts-hora, patamar próximo à demanda total da Suécia. A popularidade do ChatGPT também cresce: seu diretor de operações, Brad Lightcap, contabiliza 400 milhões de usuários semanais, número que, segundo a pesquisa, significa um volume diário de água suficiente para abastecer pequenas cidades.

Com a IA tornando-se parte fundamental de vários setores, a discussão passa a ser como adotar a tecnologia de forma responsável, aponta Magri.

Com informações de Valor Econômico

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