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O Consulado Geral dos Estados Unidos em São Paulo cancelou os vistos da esposa e da filha do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, na manhã desta sexta-feira, 15 de agosto. As duas foram notificadas por e-mail sobre a decisão, confirmada por interlocutores próximos ao ministro.
A medida amplia o pacote de restrições adotado pelo governo de Donald Trump contra autoridades brasileiras ligadas ao programa Mais Médicos, criado em 2013 durante a gestão de Dilma Rousseff. Washington sustenta que o Brasil atuou como “cúmplice” de um “esquema coercitivo de exportação de mão de obra” do regime cubano, que, segundo o Departamento de Estado, “explora trabalhadores médicos cubanos por meio de trabalho forçado”.
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ToggleAntecedentes das sanções
No início da semana, os EUA já haviam revogado os vistos de Mozart Júlio Tabosa Sales e Alberto Kleiman, ex-servidores do Ministério da Saúde responsáveis pelo desenho e implementação do Mais Médicos. Ambos ocupavam cargos na pasta à época da criação do programa.
Em julho, a Casa Branca também suspendeu vistos de ministros do Supremo Tribunal Federal — entre eles Alexandre de Moraes — e impôs tarifas de 50% sobre alguns produtos brasileiros, alegando, entre outros motivos, processos em curso contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Reação do governo brasileiro
Integrantes da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificam as ações dos EUA como uma estratégia de pressão sobre o Brasil. O ministro Padilha declarou recentemente, em publicação na rede X, que o país “não se curvará” diante das sanções e defendeu a continuidade do Mais Médicos, relançado em 2023 sem a participação de profissionais cubanos. Segundo ele, o número de médicos do programa dobrou nos últimos dois anos.
Imagem: Antonio Cruz/Agência Brasil via valor.globo.com
Parlamentares como o deputado Eduardo Bolsonaro afirmaram que as punições podem avançar para outras autoridades, incluindo o próprio ministro Padilha e a ex-presidenta Dilma Rousseff.
Até o momento, o governo norte-americano não detalhou quantas pessoas ainda estão na mira das restrições nem por quanto tempo as revogações de visto permanecerão em vigor.
Com informações de Valor Econômico
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