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Seul — O Tribunal Distrital Central de Seul expediu nesta terça-feira (data não informada) mandado de prisão contra a ex-primeira-dama da Coreia do Sul, Kim Keon Hee, por supostos crimes de corrupção que ela nega ter cometido.
Kim é a primeira ex-primeira-dama do país a ser detida. O marido, o ex-presidente Yoon Suk Yeol, também permanece preso, aguardando julgamento por insurreição após ter sido destituído do cargo em abril, quando tentou impor lei marcial.
Vestindo terno preto, Kim chegou ao tribunal em Seul pela manhã, fez uma reverência diante da imprensa e não respondeu às perguntas. Após a audiência, ela foi conduzida a um centro de detenção na capital enquanto aguardava a decisão dos juízes.
Acusações formais
O Ministério Público atribui à ex-primeira-dama fraude em ações, suborno e tráfico de influência. Ela é acusada de negociar favores com empresários, líderes religiosos e um articulador político.
Entre os itens mencionados pelos promotores estão um pingente de luxo Van Cleef, avaliado em mais de US$ 43.000, usado durante a cúpula da Otan em 2022 sem constar na declaração financeira do casal. A investigação também aponta o recebimento de duas bolsas Chanel e um colar de diamantes oferecidos por um grupo religioso em troca de benefícios empresariais.
A promotoria solicitou a prisão alegando risco de destruição de provas e possível interferência na investigação, segundo porta-voz da equipe do promotor especial.
Imagem: REUTERS via infomoney.com.br
Defesa nega irregularidades
Os advogados de Kim não se pronunciaram após a audiência desta terça. Em ocasiões anteriores, a defesa classificou as denúncias sobre presentes de luxo como “infundadas” e “especulativas”.
Situação do ex-presidente
Yoon Suk Yeol responde a processo por insurreição, crime que pode resultar em prisão perpétua ou pena de morte, além de acusações de abuso de poder. Ele nega qualquer delito e tem se recusado a comparecer às audiências ou a responder às perguntas dos promotores.
Não há previsão para o próximo passo do caso de Kim Keon Hee, que pode enfrentar vários anos de prisão se for considerada culpada.
Com informações de InfoMoney
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