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Traumas de infância, ansiedade e busca por validação social estão por trás de comportamentos de consumo que levam muitas pessoas ao endividamento, mesmo entre quem tem renda elevada. A avaliação é de Thiago Godoy, fundador da Papai Financeiro e mestre em psicologia do dinheiro pela FGV, que participou do 15º e último episódio da terceira temporada do programa Mapa Mental, no canal GainCast.
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ToggleInfância molda “scripts” financeiros
De acordo com Godoy, experiências vividas até os sete anos influenciam a relação futura com o dinheiro. “Você vai acumulando situações que envolvem dinheiro e formando seus scripts financeiros”, explicou. Brigas de pais por contas atrasadas ou perdas abruptas de padrão de vida podem criar medo constante de escassez — sensação que persiste mesmo após conquistas financeiras.
Compulsão por compras e “dopamina barata”
Entre as consequências desse histórico emocional está a compulsão por compras, descrita pelo especialista como um vício pouco percebido, porém de alto impacto. “A pessoa compra para se anestesiar, não pelo produto”, disse. O ato de consumir ativa o mesmo sistema de recompensa provocado por álcool, comida ou redes sociais, fenômeno que se potencializa em ambientes digitais que oferecem compra instantânea “sem sair da timeline”.
Ostentação como forma de validação social
Godoy também apontou o consumo ostentatório como comportamento frequente. “Tem gente que pega todo o dinheiro que tem — ou que não tem — para ostentar um carro de R$ 1 milhão e um relógio de R$ 500 mil”, afirmou. Segundo ele, a prática costuma mascarar inseguranças pessoais: “Você está querendo mostrar algo que não é”.
Endividamento mesmo com alta renda
O especialista relatou casos reais de clientes de alta renda que acumulam dívidas por não romper padrões inconscientes. Em um deles, um empresário com pró-labore mensal de R$ 65 mil somou mais de R$ 500 mil em débitos para manter o estilo de vida da ex-mulher e das filhas, reproduzindo o comportamento do pai, que “sempre bancou tudo”. Para o empresário, negar gastos significaria fracasso.
Imagem: infomoney.com.br
Caminhos para reorganizar a vida financeira
Godoy defende três etapas para mudar a relação com o dinheiro: autoconhecimento (“estou comprando para me presentear ou para me anestesiar?”), autorresponsabilidade (reconhecer que a decisão é pessoal) e autocontrole (aprender a dizer “não” agora para dizer “sim” no futuro). “Sempre haverá algo nos testando, mas, se o dinheiro for visto como ferramenta e não como válvula de escape, tudo pode mudar”, concluiu.
Com informações de InfoMoney
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