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Geração prateada soma 8,6 milhões de trabalhadores e encara informalidade de 54%

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O contingente de brasileiros com 60 anos ou mais que seguem ativos no mercado de trabalho saltou de 5,1 milhões, em 2012, para 8,6 milhões, em 2024. O avanço de 3,5 milhões de pessoas equivale a uma alta de 68,9% em 12 anos, segundo levantamento da pesquisadora Janaína Feijó, do FGV/Ibre, baseado na PNAD Contínua do IBGE.

O estudo indica dois fatores principais para o crescimento: a maior expectativa de vida e o custo de vida elevado, principalmente nos grandes centros urbanos. Em 1980, a expectativa de vida no país era de 62,6 anos; em 2023, chegou a 76,4 anos. Embora vivam mais e com melhor saúde, muitos idosos precisam complementar a renda da aposentadoria para arcar com despesas como plano de saúde e medicamentos contínuos.

Inflação pesa mais para quem tem mais de 60

A inflação percebida pelos idosos supera a média nacional. O IPC-3i, indicador da FGV/Ibre que mede o custo de vida dessa faixa etária, acumulou 4,40% nos 12 meses encerrados em junho de 2025, acima dos 4,23% registrados pelo índice geral. Itens como assistência médica, remédios e alimentação puxam a diferença.

Informalidade superior à média do país

Mesmo com a expansão do contingente de trabalhadores acima dos 60 anos, a maior parte atua sem carteira assinada. Em 2024, 53,8% desse grupo estavam na informalidade, percentual bem acima da média nacional de 38,6%. Serviços e comércio concentram 26,75% dos ocupados idosos, enquanto operários qualificados, artesãos e mecânicos representam 21,20%.

Nas ruas, a presença dessa geração é vista em atividades como vendas ambulantes, construção civil e pequenos reparos, geralmente sem proteção social. Especialistas apontam que, diante do envelhecimento acelerado da população e da pressão sobre a Previdência, a participação dos mais velhos no mercado tende a crescer. Sem políticas públicas voltadas à empregabilidade e à proteção desse grupo, porém, o risco é manter o quadro de precarização.

Com informações de InfoMoney

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