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Geração Z estoura orçamento mensal para custear “pequenos mimos”, mostra levantamento

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Uma pesquisa do Bank of America com quase mil jovens apontou que mais da metade da Geração Z compra algum “mimo” ao menos uma vez por semana, mesmo declarando não se sentir financeiramente segura. A prática, conhecida como treat culture, engloba gastos aparentemente modestos, como cafés de US$ 12, doces de US$ 5 ou lembrancinhas de US$ 30, mas que vêm pressionando o orçamento desse público.

Rotina de pequenos luxos

Naomi Barrales, 25 anos, assistente de marketing de uma grife, transformou dois cookies veganos comprados durante um atraso de trem em Nova Jersey em hábito recorrente. Mais tarde, acrescentou um refrigerante Poppi de US$ 1,50 ao ritual — mesmo pagando o dobro quando a máquina do escritório fica vazia. Após um mês presenteando-se três vezes por semana, percebeu que a conta bancária terminou US$ 50 mais baixa.

“Eu mereço”, disse Barrales, que agora reserva US$ 25 a cada duas semanas só para esses agrados, mesmo admitindo ocasionalmente extrapolar o limite.

Fenômeno coletivo nas redes

O pesquisador Jason Dorsey, coautor do livro Zconomy, afirma que a Geração Z transformou o comportamento em experiência comunitária on-line. No TikTok, a hashtag #sweetlittletreatmeme já reúne mais de 23 milhões de vídeos mostrando as últimas compras de recompensa, seja após uma prova difícil ou apenas “para ostentar”.

Para Gregory Stoller, professor da Universidade de Boston, o costume oferece sensação passageira de controle em um cenário marcado por preços altos e mercado de trabalho instável. Ele alerta, porém, que aplicativos de “compre agora, pague depois” e entregas rápidas intensificam os impulsos.

Quando o mimo sai caro

Angelina Aileen, 23 anos, formou-se na Universidade da Pensilvânia em 2023 e mudou-se para Nova York como analista financeira. Sentindo-se sobrecarregada, gastou US$ 350 em suplementos indicados por uma influenciadora. Arrependida, cancelou assinaturas e passou a optar por mimos menores, como manicure e massagem duas vezes por mês. Atualmente, é gerente de desenvolvimento de produtos em uma empresa de beleza.

Em Los Angeles, Alanis Castro-Pacheco mergulhou na treat culture em 2022, ainda na faculdade. Após conflitos no dormitório, comprou um baixo elétrico e um amplificador por US$ 500 no cartão de crédito. Aos 22 anos, continua pagando aulas de guitarra quinzenais de US$ 75 e busca “tirar o investimento” do instrumento.

Negócios de olho nos jovens

Tony Park, proprietário da rede Angelina Bakery, em Nova York, afirma que clientes da Geração Z respondem por mais da metade dos 11 mil compradores semanais. A casa aposta em itens chamativos, como croissant gigante de US$ 30, justamente pela disposição desse público em pagar pela experiência.

Alerta de especialistas

O estudo do Bank of America mostra que 59% dos jovens que aderem aos “pequenos luxos” admitem gastar além do planejado. Holly O’Neill, executiva da instituição, recomenda que os adeptos criem um orçamento realista ou busquem alternativas de baixo custo, como empréstimo de livros em bibliotecas.

Com informações de InfoMoney

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