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O Hamas informou aos mediadores do Egito e do Qatar que concorda com uma proposta de cessar-fogo destinada a encerrar a guerra na Faixa de Gaza e a garantir a libertação de reféns israelenses, segundo um diplomata a par das negociações.
Conteúdo do Artigo
ToggleTrégua inicial de 60 dias
O plano, apresentado em maio pelo enviado dos Estados Unidos, Steve Witkoff, prevê uma pausa inicial de 60 dias nos combates. De acordo com o diplomata, o grupo palestino aceitou 98% do texto originalmente aprovado por Israel.
A proposta inclui:
- Libertação de metade dos reféns israelenses ainda mantidos pelo Hamas (cerca de 50 pessoas, das quais 20 estariam vivas, segundo estimativas).
- Aumento imediato do fluxo de ajuda humanitária a Gaza.
- Negociações, durante a trégua, para alcançar um acordo permanente que aborde a governança e a segurança do território.
Estados Unidos, Egito e Qatar atuariam como garantidores da extensão do cessar-fogo caso seja necessário mais tempo para concluir um pacto definitivo.
Posição de Israel
Até o momento, o governo israelense não comentou oficialmente o avanço das negociações. Em mensagem em vídeo, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que o Hamas está sob “pressão nuclear”, mas não indicou se aceitará o novo entendimento. O ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, aliado de extrema-direita, declarou nas redes sociais que Netanyahu “não tem mandato” para firmar um acordo parcial.
Netanyahu vem reiterando condições máximas para encerrar a ofensiva, entre elas a entrega total de armas pelo Hamas, a desmilitarização completa de Gaza, o controle de segurança pela Israel e a liberdade para realizar incursões militares no enclave.
Impasses anteriores
Tentativas anteriores fracassaram devido a divergências sobre a retirada das tropas israelenses dentro do território e sobre a quantidade e o perfil dos prisioneiros palestinos que seriam libertados em troca dos reféns. Segundo o diplomata, o Hamas concordou atualmente com as linhas de reposicionamento previstas no rascunho original.
Pressão interna e externa
Israel enfrenta crescente pressão internacional para pôr fim à guerra, à medida que a fome se espalha em Gaza. Autoridades de saúde palestinas contabilizam mais de 61 mil mortos desde o início da ofensiva israelense, deflagrada após o ataque do Hamas de 7 de outubro de 2023, quando 1.200 pessoas foram mortas em Israel e mais de 250 reféns foram levados para o enclave.
Imagem: ft.com
Dentro de Israel, manifestações em Tel Aviv reuniram centenas de milhares de pessoas no domingo, exigindo um acordo imediato para a libertação dos reféns.
Mediadores intensificam esforços
Nesta segunda-feira, o presidente egípcio Abdel-Fattah al-Sisi e o primeiro-ministro do Qatar, xeque Mohammed bin Abdulrahman al-Thani, reuniram-se com representantes do Hamas no Cairo. De acordo com o diplomata ouvido pela reportagem, a aceitação do grupo “abre caminho para um acordo abrangente, evitando novas operações militares intensas que coloquem em risco os reféns e agravem a crise humanitária em Gaza”.
O governo israelense aprovou neste mês preparativos para uma nova ofensiva terrestre visando o controle total da Cidade de Gaza, o que pode desalojar até 1 milhão de palestinos. O Exército israelense teria expressado oposição ao plano, mas foi instruído a acelerar os preparativos, incluindo a convocação de reservistas.
Resta agora a resposta formal de Tel Aviv à proposta revisada, enquanto os mediadores tentam consolidar um acordo que suspenda, ainda que temporariamente, os combates.
Com informações de Financial Times
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