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Indústria mira formação de jovens com habilidades verdes para acelerar transição sustentável

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A necessidade de qualificar a próxima geração para lidar com a agenda ambiental tornou-se ponto central na estratégia das empresas industriais, responsáveis por cerca de 30% das emissões globais de gases de efeito estufa. Relatórios, estudos acadêmicos e iniciativas governamentais apontam que competências ligadas à sustentabilidade e à transformação digital devem ganhar protagonismo nos próximos anos.

Novas exigências de qualificação

O relatório “The Future of Jobs 2025”, do Fórum Econômico Mundial, destaca a transição verde e a revolução digital como os dois principais vetores de mudança na indústria. Até 2050, 39% das habilidades exigidas no trabalho deverão ser diferentes das atuais, com ênfase em inteligência artificial e responsabilidade ambiental.

No campo acadêmico, pesquisadores citam tanto competências funcionais — análise de dados, automação — quanto habilidades sociais, como colaboração, resolução de problemas e liderança. Em 2021, Aaron Redman e Arnim Wiek elencaram capacidades de pensamento sistêmico, estratégico e antecipatório, além de criatividade e aprendizado contínuo, como essenciais para carreiras sustentáveis.

Visão da indústria brasileira

O estudo “Da Escola à Indústria: um Estudo Delphi Sobre as Competências para Sustentabilidade em Carreiras Técnicas”, conduzido no mestrado profissional em Sustentabilidade da FGV EAESP, ouviu representantes do setor industrial nacional. O levantamento listou três grupos de competências para jovens técnicos:

• Funcionais em sustentabilidade – conhecimento para implementar ações ambientais;
• Objetivistas – colaboração, análise de dados e resolução de problemas;
• Subjetivistas – pensamento crítico e sistêmico, ética, inteligência emocional e adaptabilidade.

Mercado de empregos verdes

Segundo o UNICEF, empregos verdes são aqueles que preservam, promovem ou restauram o meio ambiente. No Brasil, 6,8 milhões de pessoas — 9% dos vínculos formais — atuam nessas ocupações; 2 milhões têm entre 14 e 29 anos. Na OCDE, 21% das funções já possuem alguma relação com agendas sustentáveis.

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Imagem: Valor Econômico via valor.globo.com

O relatório LinkedIn Global Green Skills 2024 mostra que, entre 2023 e 2024, a demanda por “talentos verdes” cresceu o dobro da oferta. A projeção é de déficit para preencher metade dos postos até 2050.

Políticas e pactos internacionais

No Brasil, o plano “Novo Brasil”, do Ministério da Fazenda, busca reduzir o impacto ambiental da indústria, acelerar a transição energética e gerar empregos de qualidade. No âmbito multilateral, o Pacto das Nações Unidas pelos Empregos Verdes para Jovens pretende criar 1 milhão de vagas sustentáveis e fomentar o empreendedorismo verde.

Expectativa das gerações Y e Z

Pesquisa da Deloitte de 2023 indica que profissionais das gerações Y e Z valorizam empregadores que ofereçam formação alinhada a valores sustentáveis. O dado reforça a pressão sobre empresas, governos e instituições de ensino para integrar competências verdes nos currículos e programas de capacitação.

Com informações de Valor Econômico

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