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Investidores intensificam hedge contra possível correção das big techs com “puts do desastre”

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Operadores de opções nos Estados Unidos vêm ampliando a compra de contratos de venda de curto prazo do ETF Invesco QQQ Trust Series 1 – que replica o Nasdaq 100 – para se proteger de uma eventual queda acentuada das gigantes de tecnologia nas próximas semanas.

Desde o fundo registrado em 8 de abril, o Nasdaq 100 acumula alta próxima de 40%, impulsionado sobretudo pelas chamadas Magnificent 7 – grupo que reúne, entre outras, Nvidia, Meta e Microsoft – cujo subíndice da Bloomberg avançou quase 50% no mesmo período.

Receio de nova onda vendedora

Jeff Jacobson, chefe de estratégia de derivativos da 22V Research Group, afirma que parte do mercado teme uma repetição do recuo superior a 20% observado entre 9 de fevereiro e 8 de abril. Segundo ele, a diferença de preço entre a proteção contra uma queda moderada e contra um tombo mais severo alcançou o maior nível em quase três anos.

Entre os possíveis gatilhos para uma correção estão o simpósio de Jackson Hole, do Federal Reserve, que começa nos próximos dias, e a divulgação dos resultados da Nvidia, marcada para a semana que vem.

Paralelos com a bolha das pontocom

Torsten Slok, economista-chefe da Apollo Management, observa que o desempenho recente das ações de tecnologia lembra o padrão que precedeu a bolha das pontocom no fim dos anos 1990. O estrategista Michael Hartnett, do Bank of America, também vem citando risco de bolha desde dezembro e projeta queda dos índices norte-americanos após o encontro de Jackson Hole, que termina na sexta-feira.

Estratégias de proteção

Para quem busca hedge, Jacobson sugere a montagem de um put ratio spread: compra de opções de venda de US$ 570, com vencimento em 17 de outubro, financiada pela venda do dobro de puts de US$ 515 no mesmo ETF. A estrutura passa a gerar ganho caso o Nasdaq 100 recue entre 2% e 11%. O nível de US$ 515 coincide com a média móvel de 200 dias do fundo, vista como suporte técnico.

Nem todos, porém, apostam contra as big techs. Estrategistas de ativos cruzados do JPMorgan recomendam posição vendida no índice Russell 2000, de small caps, mantendo exposição comprada ao Nasdaq 100.

Para Jacobson, a forte concentração de valor de mercado em poucas companhias torna o segmento vulnerável: “Não seria preciso muito para virar”, resume.

Com informações de InfoMoney

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