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Este é o momento mais favorável para ampliar a exposição a títulos prefixados, avalia Fabiano Zimmermann, head de renda fixa do ASA Investments. Segundo o executivo, a história mostra que os melhores retornos são obtidos logo após o Banco Central encerrar um ciclo de alta da Selic e antes do início efetivo dos cortes.
“Em todas as ocasiões em que o BC parou de subir juros e, na sequência, começou a reduzi-los, a curva prefixada já estava mais baixa do que no ponto da pausa. Quem trava a taxa nesse intervalo capta o prêmio”, declarou Zimmermann à reportagem, projetando um horizonte de dois anos para a estratégia.
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ToggleCondição para a estratégia funcionar
A aposta em prefixados depende de o Copom iniciar o afrouxamento monetário. O Focus prevê recuo da Selic apenas em 2026, ainda que algumas casas vejam possibilidade de flexibilização já em dezembro. A ata mais recente do Copom sinalizou cautela, citando a inflação persistente e o cenário externo, inclusive o impacto das tarifas norte-americanas.
Zimmermann, porém, acredita em corte antecipado, sustentado pela desaceleração da inflação, pela atividade econômica mais fraca e por um câmbio estável. “Com esses fatores e o câmbio se ajustando, o risco de adiar o corte diminui”, disse.
Exemplos de ciclos anteriores
O especialista destaca cinco momentos em que quem investiu em prefixados logo após o fim da alta da Selic teve ganhos expressivos:
Imagem: infomoney.com.br
- 2005 – Selic perto de 18% no fim do primeiro mandato de Lula; corte começou em 2006 e levou a taxa para cerca de 10%-12% em dois anos.
- 2008 – Após a crise do subprime, o BC elevou juros, mas iniciou um corte rápido logo depois, beneficiando quem comprou no pico.
- 2011 – No início do governo Dilma, a Selic caiu para menos de 8% pela primeira vez; prefixados renderam mais por causa da curva elevada no ponto de entrada.
- 2016-2017 – Pós-impeachment, Selic acima de 14% foi reduzida para abaixo de 8%; investidores que travaram taxas altas obtiveram retorno significativo.
- 2020 – Durante a pandemia, a Selic desabou de 14,25% para 2%; o ganho maior ficou com quem comprou prefixados antes de o corte começar, lembra Zimmermann.
Oportunidade em NTN-B de longo prazo
Além dos prefixados de curto prazo, Zimmermann sugere olhar para NTN-B (Tesouro IPCA+) com prazos de seis a dez anos. Estudos do ASA mostram que, sempre que os rendimentos reais ficaram entre 7,5% e 8% e o investidor manteve o papel por mais de três anos, o desempenho superou o CDI.
Hoje, o juro real gira em torno de 8%, patamar considerado alto frente à taxa neutra estimada pelo BC (5%-6%) e à mediana do Focus (pouco acima de 6%). Na visão do especialista, a diferença representa uma janela que “não deve permanecer aberta por muito tempo”.
Com informações de InfoMoney
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