Jovem inicia tratamento contra neuralgia do trigêmeo, doença apelidada de “pior dor do mundo”

A mineira Carolina Arruda, 28 anos, começou na quinta-feira (14) uma nova etapa de cuidados na Santa Casa de Alfenas (MG) para tentar amenizar as crises provocadas pela neuralgia do trigêmeo, distúrbio neurológico descrito por médicos como uma das dores mais intensas conhecidas.

Do que se trata a doença

A neuralgia do nervo trigêmeo (NT) provoca descargas súbitas de dor na face, frequentemente comparadas a choques elétricos ou facadas. O problema surge quando o nervo trigêmeo – responsável pela sensibilidade do rosto e pelos músculos da mastigação – sofre irritação ou compressão.

Casos, frequência e gatilhos

O Ministério da Saúde aponta que o quadro aparece principalmente em adultos, com maior incidência entre idosos e mulheres. No caso de Carolina, a condição é considerada rara por ser bilateral, refratária e atípica, o que dificulta o controle dos sintomas.

Os episódios podem ocorrer de duas a três vezes ao dia, mas, em situações graves, chegam a 100 crises diárias. Entre os gatilhos relatados pelos pacientes estão falar, mastigar, escovar os dentes, sorrir, receber vento no rosto ou ingerir alimentos muito quentes ou gelados.

Possíveis causas

Embora a origem exata da NT permaneça desconhecida, a dor pode ser associada a fatores como esclerose múltipla, tumores benignos ou malformações vasculares.

Abordagens de tratamento

Como não há cura definitiva, a primeira linha de cuidado costuma ser medicamentosa. Se os fármacos não surtirem efeito ou provocarem efeitos adversos significativos, o médico pode propor intervenções cirúrgicas que aliviem a compressão vascular ou reduzam a sensibilidade da área afetada.

A indicação do procedimento adequado cabe exclusivamente ao especialista que acompanha cada paciente, seja neurologista ou neurocirurgião.

Com informações de InfoMoney