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O JPMorgan avalia que os fluxos de investimento estrangeiro tendem a voltar ao território positivo no Brasil nos próximos meses, após sequência de retiradas. A projeção consta de relatório enviado ao mercado na quinta-feira (14).
Levantamento do banco indica saída líquida de R$ 771 milhões até 12 de agosto, depois de resgates de R$ 6,4 bilhões em julho, mês em que os Estados Unidos impuseram tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. No acumulado de 2025, as entradas somam R$ 14 bilhões (excluindo operações ligadas à Vale), ainda insuficientes para compensar os R$ 32 bilhões retirados no ano anterior.
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ToggleImpacto de tarifas e juros nos EUA
Segundo os estrategistas, a volatilidade dos fluxos é guiada principalmente pela disputa comercial conduzida pelo governo norte-americano. “Ou entra muito dinheiro, ou sai muito dinheiro, e o que mais determina a direção são as notícias sobre tarifas”, aponta o documento.
O banco reconhece que cortes de juros pelo Federal Reserve costumam favorecer aplicações em mercados emergentes, mas observa que, nos últimos anos, a política monetária dos EUA não foi o principal fator para o Brasil. A exceção ocorreu em 2024, quando o primeiro corte de juros do Fed resultou em aporte de R$ 10 bilhões na B3.
O efeito das tarifas também alcançou o câmbio. Durante o ciclo de cortes do Fed em 2024, o dólar recuou 1,5% nos dias que antecederam 24 de setembro, movimento que atraiu mais de R$ 10 bilhões à bolsa brasileira mesmo com o início de alta da Selic. Depois, a moeda voltou a subir mais de 7%, reforçada pela vitória eleitoral de Donald Trump, provocando novos saques.
Projeções para 2025
Para este ano, a equipe de estratégia cambial do JPMorgan espera continuidade da queda do dólar, sustentada por juros menores, desaceleração da atividade e expansão do déficit fiscal nos Estados Unidos. Um câmbio mais fraco, aliado à recuperação dos mercados acionários da China, é visto como incentivo adicional à entrada de recursos no Brasil.
Cenário doméstico favorece atratividade
Internamente, o banco projeta início do ciclo de cortes da Selic até dezembro. A estimativa é de redução de 425 pontos-base, superior aos cerca de 250 pontos-base previstos pela média do mercado. O relatório lembra que, historicamente, projeções costumam subestimar a dimensão dos cortes no país.
Imagem: infomoney.com.br
Movimento nos fundos de investimento
Em julho, a indústria de fundos brasileira registrou captação líquida de R$ 17 bilhões, puxada por produtos de renda fixa, que acumulam R$ 25,9 bilhões no ano. Fundos de ações tiveram retiradas pelo 13º mês consecutivo: R$ 5 bilhões no mês e R$ 53 bilhões no acumulado de 2025. Com isso, a participação de ações nos ativos totais está em 7,8%, ainda distante da média histórica de 11,2%.
Fundos multimercado mostraram resgate de R$ 1 bilhão em julho e saldo negativo de R$ 76 bilhões no ano. Já os fundos de renda fixa somam entradas de R$ 102 bilhões em 2025, acumulando três meses seguidos de captação.
Participação estrangeira na B3
Na B3, investidores estrangeiros responderam por 60% do volume negociado nos últimos 12 meses. Investidores institucionais representam 24,6%, abaixo do observado um ano antes, enquanto pessoas físicas detêm 14%.
Com informações de InfoMoney
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