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Juros futuros disparam após mercado avaliar piora no impasse comercial entre Brasil e EUA

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As taxas dos contratos futuros de Depósito Interfinanceiro (DI) subiram com força nesta terça-feira, refletindo a percepção de maior risco para os ativos brasileiros diante do impasse comercial com os Estados Unidos.

No fechamento:

  • DI para janeiro de 2027: 14,12%, ante 13,953% no ajuste anterior;
  • DI para janeiro de 2028: 13,50%, alta de 24 pontos-base em relação a 13,262%;
  • DI para janeiro de 2031: 13,71%, contra 13,477% anteriormente;
  • DI para janeiro de 2033: 13,83%, diante de 13,622% no ajuste passado.

Pressão vinda de Brasília

Investidores reagiram à decisão do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou na véspera que cidadãos brasileiros não podem sofrer, no país, efeitos de leis estrangeiras aplicadas a atos praticados em território nacional. A medida protege o ministro Alexandre de Moraes das sanções aplicadas pelos Estados Unidos, no mês passado, com base na Lei Magnitsky.

O episódio é visto por agentes de mercado como mais um obstáculo ao diálogo entre Brasília e Washington para reduzir a tarifa de 50% que o governo norte-americano impôs sobre produtos brasileiros. Diante da leitura de que o espaço de negociação se estreitou, o prêmio de risco embutido nos juros futuros aumentou.

Cenário externo cauteloso

Lá fora, o humor também foi contido antes do simpósio de Jackson Hole, que começa na quinta-feira. O discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, previsto para sexta-feira, concentra as atenções dos investidores. Dados da LSEG indicam que o mercado precifica alta probabilidade de corte de juros pelo Fed em setembro, além de uma segunda redução até o fim do ano. Qualquer sinalização mais dura de Powell sobre a inflação pode alterar essas apostas.

O rendimento do Treasury de dois anos, sensível às expectativas para a política monetária norte-americana, recuava 2 pontos-base, para 3,75%, limitando a queda dos DIs mais longos no Brasil.

Com a combinação de fatores domésticos e externos, as taxas de juros futuras brasileiras encerraram a sessão nos maiores níveis em semanas, refletindo uma maior cautela dos investidores.

Com informações de InfoMoney

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