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Justiça autoriza demolição de casa dos anos 1930 na Lagoa para construção de prédio de luxo

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Uma residência de dois andares erguida na década de 1930, na esquina da Avenida Epitácio Pessoa com a Rua Joana Angélica, Lagoa Rodrigo de Freitas, teve o tombamento revogado após 18 anos de disputa judicial e será substituída por um edifício residencial de alto padrão batizado de LUnique.

Disputa começou em 2007

Os herdeiros do empresário Ricardo Haddad, último controlador da extinta Fábrica de Tecidos Bangu, questionaram em 2007 o decreto municipal de 2002, assinado pelo então prefeito Cesar Maia, que havia protegido o imóvel. Ao mesmo tempo, outras oito construções baixas na orla da lagoa foram incluídas na lista de bens tombados, entre elas a Casa Museu Eva Klabin e a Pequena Cruzada.

Para sustentar o pedido de destombamento, a família apresentou laudo do arquiteto Carlos Fernando de Andrade, ex-superintendente do Iphan-RJ, argumentando que a casa não possuía relevância arquitetônica. A Procuradoria-Geral do Município recorreu sucessivamente, mas em março deste ano o Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou o último recurso da prefeitura.

Próximos passos

De volta à Justiça fluminense, os advogados dos herdeiros obtiveram a ordem de retirada do imóvel do inventário de bens protegidos. Com a decisão, o processo de demolição será protocolado para dar início às obras do LUnique.

A presidente do Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH), Laura de Biasi, afirmou que o órgão aguarda orientação da PGM sobre o caso, destacando que imóveis na Área de Proteção ao Ambiente Cultural (Apac) da Lagoa devem ser analisados em conjunto, pela importância histórica do entorno.

Detalhes do empreendimento

O LUnique utilizará dois terrenos pertencentes aos herdeiros: o da residência recém-destombada e o espaço vazio onde funcionou o Chicos Bar, de Chico Recarey. O projeto prevê 12 apartamentos — dois por andar — com 340 m² cada, além de uma cobertura duplex de aproximadamente 600 m².

Segundo o arquiteto Paulo Guimarães, que representa a família, serão inseridas referências históricas na recepção do prédio, incluindo um painel sobre a Fábrica de Tecidos Bangu. Ele informou ainda que recorrerá ao bônus construtivo do programa Reviver Centro, que flexibiliza regras urbanísticas em troca de investimentos em habitação no Centro do Rio. O mecanismo permitirá erguer a nova torre sem afastamento lateral e ampliar a área da cobertura mediante pagamento da taxa conhecida como “mais-valerá”.

Mercado e impacto urbano

Guimarães não divulgou valores, mas lembrou que imóveis recém-lançados em andares altos de Ipanema, também com vista para o mar, alcançaram cerca de R$ 60 mil por metro quadrado. Para o empresário Cláudio Castro, da Sérgio de Castro Imóveis, o processo ilustra a morosidade judicial que, na sua visão, travaria o desenvolvimento urbano.

Levantamento do jornalista Rafael Bokor indica que, das cerca de 100 casas que existiam no entorno da Lagoa, restam hoje aproximadamente 15, reflexo da verticalização do bairro.

Com informações de InfoMoney

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