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L4 Capital refuta acusação de uso indevido de dados da Lupatech e chama denúncia de “infundada”

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São Paulo – A L4 Capital classificou como “infundada e irresponsável” a denúncia de que teria utilizado informações confidenciais da Lupatech sem autorização. A consultoria reagiu neste fim de semana às alegações divulgadas pela fabricante de equipamentos para o setor de petróleo em comunicado publicado na sexta-feira (22).

No informe, a Lupatech afirmou ter identificado, em maio deste ano, a publicação de um laudo de avaliação que usava dados sigilosos da companhia “de forma totalmente desautorizada”, apresentando planos internos como se fossem de autoria da L4 Capital. A empresa acrescentou que o episódio representa violação contratual com possíveis consequências cíveis, criminais e administrativas no mercado de capitais.

Em nota de resposta, a L4 Capital reconheceu ter firmado um acordo de confidencialidade com a Lupatech, mas argumentou que o documento tinha como único objetivo viabilizar a apresentação do grupo Cruz de Malta, interessado em estruturar operações com a companhia. Segundo a consultoria, a negociação foi abandonada “há mais de um ano”, não houve prestação de serviços, proposta formal nem vínculo comercial vigente.

Relatório elogiado e disputa por assembleia

A L4 Capital lembrou que o laudo em questão, divulgado em 24 de março de 2025, foi elogiado publicamente pela Lupatech durante teleconferência de resultados do primeiro trimestre, realizada em 15 de maio. Ainda conforme a consultoria, em 20 de maio a empresa pediu reunião para discutir a atuação ativista da L4, ocasião em que o presidente do conselho foi informado de que investidores minoritários estudavam convocar uma assembleia geral extraordinária (AGE).

“Curiosamente, somente agora, três meses após os elogios públicos e cinco meses após a divulgação do laudo, surgem essas acusações, no mesmo dia em que a companhia recusou formalmente o pedido de instauração da AGE”, afirmou a L4 Capital, sugerindo que a Lupatech tenta “ganhar tempo” em uma “disputa de votos”.

Convocação contestada

Em 14 de agosto, a Lupatech comunicou ao mercado ter tomado conhecimento da convocação de uma AGE pelo acionista José Maria de Oliveira e Silva, detentor de 7,81% do capital, com o objetivo de substituir o conselho de administração. A companhia declarou não ter recebido a documentação necessária e classificou o pedido como irregular.

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Imagem: Unsplash via valor.globo.com

Na última sexta-feira (22), o conselho da Lupatech reiterou a impossibilidade de realizar a assembleia, mencionando também investigações sobre eventual uso de informações privilegiadas pela L4 Capital. Reportagem da Folha de S. Paulo apontou que José Maria de Oliveira e Silva e Carlos Suslik, presidente da L4, poderiam ser indicados para o conselho.

Governança e cobrança de provas

A consultoria confirmou que buscou, junto a minoritários, compor entendimento com o atual conselho, mas relatou resistência e “interesses conflitantes”. Criticou ainda o acúmulo de funções do presidente-executivo da Lupatech, Rafael Gorenstein, que também exerce os cargos de diretor de Relações com Investidores e conselheiro, o que, segundo a L4, fere práticas básicas de governança.

Por fim, a empresa declarou estar “tranquila” quanto às suspeitas e cobrou que a Lupatech apresente eventuais evidências por meio de fato relevante, em vez de “insinuações vagas”. “Essas provas simplesmente não existem”, concluiu a L4 Capital.

Com informações de Valor Econômico

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