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Leilão de Cepacs na Faria Lima arrecada R$ 1,6 bilhão e libera novos empreendimentos de alto padrão

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A Prefeitura de São Paulo levantou R$ 1,6 bilhão ao vender 94.811 dos 164.509 Certificados de Potencial Adicional de Construção (Cepacs) ofertados em leilão realizado na terça-feira. Os papéis, que integram a Operação Urbana Consorciada (OUC) Faria Lima, permitem que edifícios ultrapassem o limite atual de altura — podendo chegar a 4,8 vezes a área do terreno, ante uma vez sem o título.

Compradores e projetos

Segundo fontes do setor imobiliário, parte dos certificados foi adquirida pela JHSF. A companhia pretende erguer o Shops Faria Lima, centro comercial de luxo similar ao Shops Jardins, na esquina da Avenida Faria Lima com a Rua Leopoldo Couto de Magalhães. O complexo deve abrigar restaurantes e marcas nacionais e internacionais.

As incorporadoras Even e Trisul também arremataram títulos. Ambas possuem terrenos na região e planejam lançamentos residenciais de alto padrão. A Even é responsável pelo Faena São Paulo, projeto na confluência da Faria Lima com a Avenida Eusébio Matoso que contará com unidades de 286 m² a 1.000 m², hotel, além de espaço artístico e cultural. A entrega está prevista para 2027.

A Construtora São José comprou aproximadamente 3.800 Cepacs para regularizar o edifício St Barths, na Rua Leopoldo Couto de Magalhães Júnior, Itaim Bibi. A obra, com 82 % concluída, foi embargada em 2023 por falta dos certificados necessários. O prédio contém apartamentos de 380 m² a 1.031 m² e até nove vagas de garagem por unidade.

Destino dos recursos

A legislação determina que a maior parte da arrecadação seja direcionada a investimentos em infraestrutura urbana. A gestão municipal informou que, prioritariamente, os valores deste leilão serão aplicados em melhorias na favela de Paraisópolis. Leilões anteriores financiaram habitação de interesse social, pontes, ciclovias e obras viárias, como a ciclopassarela entre Butantã e Pinheiros e a revitalização da Avenida Santo Amaro.

Resultado abaixo do previsto

O município estimava obter até R$ 2,8 bilhões se todo o lote tivesse sido adquirido. Representantes do mercado atribuem a demanda menor a fatores como juros elevados, preço mínimo mantido em R$ 17.601 por Cepac (mesmo valor de 2019) e insegurança jurídica provocada por ações judiciais recentes.

No dia 14, o Ministério Público de São Paulo pediu à Justiça a suspensão de um bônus de 30 % no potencial construtivo concedido a quem comprasse Cepacs. A liminar foi inicialmente aceita, revogada em 18 e o leilão liberado, mas o processo segue em tramitação.

Próximos passos

A SP Urbanismo havia planejado outro leilão para 2026, mas, como parte do estoque permanece disponível, a companhia fará nova avaliação antes de programar uma segunda rodada. O valor mínimo dos certificados não deve ser reduzido.

Para especialistas, a avenida Faria Lima segue como área de maior apelo no mercado paulistano, sobretudo para empreendimentos de uso misto com padrão de luxo. Entretanto, “para a conta fechar, é necessário um produto de altíssimo padrão”, observou a advogada Marcella Martins Montandon, lembrando que o custo do capital influencia diretamente o planejamento das incorporadoras.

Com informações de InfoMoney

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