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Leilão de CEPACs vende 58% das autorizações para ampliar imóveis na Faria Lima

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Cerca de 58% dos Certificados de Potencial Adicional de Construção (CEPACs) oferecidos para a Operação Urbana Consorciada Faria Lima foram arrematados nesta terça-feira (19) em leilão realizado na B3, em São Paulo.

No total, 94.811 títulos foram vendidos, movimentando R$ 1,67 bilhão. O valor corresponde a uma arrecadação 42,4% inferior à avaliação global do certame, estimada em R$ 2,9 bilhões para os 164,5 mil certificados disponibilizados.

Preço mínimo se mantém, mas sem ágio

Cada CEPAC tinha lance inicial fixado em R$ 17.601. O pregão encerrou-se sem ágio e com apenas 57% dos títulos colocados. Para a advogada Giselle Vergal, sócia do escritório b/luz, o resultado indica que o preço de partida foi superestimado, reduzindo o apetite dos investidores. A Prefeitura de São Paulo sinalizou a possibilidade de um novo leilão, mas ainda sem data ou alteração nas condições comerciais.

Juro alto e decisões judiciais afetam interesse

Sergio Belleza, diretor de Transações e Negócios Imobiliários da Binswanger Brazil, avalia que a taxa básica de juros em torno de 15% elevou o custo do dinheiro e afastou potenciais compradores. Belleza cita ainda o ambiente político, fatores externos e a suspensão judicial, na véspera do leilão, do aumento de 30% no potencial construtivo para detentores de CEPACs já emitidos.

Outro ponto levantado foi manifestação do Tribunal de Contas do Município sugerindo reajuste no preço mínimo dos certificados, o que gerou insegurança. “Tivemos leilões em 2015, 2016, 2017 e 2019 com lance inicial de R$ 6.531,01. Não há obrigação legal de reajustar valores”, afirmou o executivo.

Impacto urbano

Embora a lista de arrematantes permaneça sob sigilo, especialistas apontam que a região de Pinheiros deve receber a maior parte dos investimentos provenientes dos recursos, especialmente nos arredores do Largo da Batata. Ygor Chrispin, gerente da divisão de escritórios da Colliers, acredita que novos prédios, moradias e serviços devem fortalecer o bairro, impulsionado pela proximidade com a Avenida Faria Lima e pela integração ao transporte público.

Os CEPACs permitem que proprietários construam além dos limites definidos pelo Plano Diretor, mediante pagamento à prefeitura. Os recursos arrecadados devem ser aplicados em obras de infraestrutura na área da operação urbana.

Com informações de InfoMoney

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