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Washington – Chefes de governo do Reino Unido, França, Alemanha, Itália e Finlândia, além da Comissão Europeia e da OTAN, confirmaram neste domingo, 17, que estarão ao lado do presidente ucraniano Volodimir Zelenski na Casa Branca, na segunda-feira (18). O grupo pretende apresentar ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, uma frente unificada nas discussões sobre o fim da guerra com a Rússia e sobre um novo pacote de garantias de segurança para Kiev.
A iniciativa ocorre dois dias depois de Zelenski ter ficado de fora de uma reunião entre Trump e o presidente russo, Vladimir Putin, no Alasca. Líderes europeus querem evitar a repetição do encontro de fevereiro, quando Trump repreendeu o ucraniano em uma audiência tensa no Salão Oval. “Os europeus temem que a cena se repita e, por isso, querem apoiá-lo ao máximo”, disse o general francês aposentado Dominique Trinquand, ex-chefe da missão militar da França na ONU.
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ToggleGarantia “estilo Artigo 5”
Segundo o enviado especial dos EUA, Steve Witkoff, Putin concordou, na cúpula do Alasca, que Washington e seus aliados ofereçam à Ucrânia um compromisso de defesa coletiva inspirado no Artigo 5 da OTAN como parte de um eventual acordo de paz. Witkoff classificou o gesto como “transformador” em entrevista à CNN.
O presidente francês, Emmanuel Macron, adiantou que levará a Trump um plano europeu para reforçar as Forças Armadas ucranianas — hoje o maior exército do continente fora da Rússia — com treinamento, equipamentos e financiamento de longo prazo. A proposta inclui deslocar “vários milhares” de militares de países aliados para regiões afastadas da linha de frente, a fim de garantir a manutenção de qualquer futuro acordo.
Macron falou após uma videoconferência de quase duas horas com integrantes da chamada “coalizão dos dispostos”, que reúne, além de nações europeias, Canadá, Austrália e Japão. “Precisamos de um formato crível. Caso contrário, os ucranianos não podem aceitar compromissos apenas teóricos”, afirmou.
Comitiva numerosa
A comitiva que se reúne com Trump contará ainda com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen; o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer; o chanceler alemão, Friedrich Merz; a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni; o presidente finlandês, Alexander Stubb; e o secretário-geral da OTAN, Mark Rutte. Von der Leyen elogiou a “disposição” de Trump em participar de um sistema de garantias semelhante ao da OTAN.
Para o analista Neil Melvin, do Royal United Services Institute (RUSI), os europeus buscam influenciar uma agenda “em rápida evolução”. Após a cúpula no Alasca, a hipótese de cessar-fogo perdeu força, enquanto ganha espaço a exigência de Putin para que a Ucrânia permaneça fora da OTAN e da União Europeia.
Imagem: infomoney.com.br
Em entrevista à NBC, o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, admitiu que um cessar-fogo ainda é possível, mas defendeu um “acordo de paz completo” como a melhor saída para o conflito.
Posições de Zelenski e Putin
Zelenski reiterou que qualquer garantia de segurança passa por manter um exército ucraniano robusto, financiado pela Europa e suprido, em parte, pelos Estados Unidos. Ele também rejeitou a proposta de Trump de negociar um acordo global antes de um cessar-fogo, alegando que tal pausa daria tempo para rever as demandas de Putin. “É impossível negociar sob pressão das armas”, disse.
Putin, por sua vez, afirmou que só se reunirá pessoalmente com Zelenski quando as bases de um tratado de paz estiverem definidas e sugeriu que capitais europeias poderiam “criar obstáculos” às negociações.
Com a presença de diversos líderes em Washington, especialistas alertam para o risco de mensagens contraditórias. “Trump não vai querer ser encurralado”, observou Melvin.
Com informações de InfoMoney
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