Mercadante diz que BNDES não sente efeitos da Lei Magnitsky aplicada pelos EUA

Rio de Janeiro, terça-feira – O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, afirmou que a instituição não sofre e não deverá sofrer impactos da aplicação da Lei Magnitsky pelos Estados Unidos.

“Não temos correntistas, não temos exposição nenhuma e não temos como ter”, declarou o executivo após participar de evento na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Segundo ele, por não atuar no varejo, o banco de fomento está fora do alcance das sanções norte-americanas.

Contexto das sanções

Em 31 de julho, o governo de Donald Trump incluiu o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes em sua lista de restrições, argumentando que o magistrado autorizou prisões antes de julgamento e cerceou a liberdade de expressão. As medidas determinam congelamento de bens nos EUA e impedem cidadãos norte-americanos de efetuar negócios com o ministro.

Na segunda-feira (dia anterior), o ministro do STF Flávio Dino decidiu que brasileiros não podem ser afetados em território nacional por leis ou decisões estrangeiras ligadas a atos praticados no Brasil.

PIX e tarifaço

Mercadante comentou ainda críticas dos EUA ao PIX, classificando o sistema de pagamentos instantâneos como “inovação que faz parte da competição entre países”. Ele acrescentou que eficiência e competitividade não podem ser substituídas por “imposições e sanções”.

O presidente do BNDES adiantou que, na próxima semana, o governo federal deve detalhar um plano de apoio às empresas prejudicadas pela sobretaxa de 50% imposta recentemente sobre exportações brasileiras de café, frutas, carnes, calçados e pescado. Entre as fontes de financiamento, citou o Fundo de Apoio às Exportações (FGE).

“O banco está pronto e engatilhado para atender as empresas afetadas”, afirmou, lembrando que a equipe usará a experiência adquirida no socorro às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul.

Com informações de InfoMoney