Minério de ferro cai na Bolsa de Dalian e fecha semana no negativo com demanda fraca na China

Os futuros do minério de ferro recuaram nesta sexta-feira (18) e encerraram a semana com perdas, pressionados pela demanda enfraquecida do setor imobiliário chinês e pela menor atividade de construção.

Na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE), o contrato mais negociado, para entrega em janeiro, caiu 1,08% e fechou a 776 iuanes por tonelada, o equivalente a US$ 108,03. Na comparação semanal, o recuo foi de 0,96%.

Em Cingapura, o contrato de referência para setembro foi negociado praticamente estável, a US$ 102,05 por tonelada, acumulando leve queda de 0,05% na semana.

Produção de aço e mercado imobiliário

A produção chinesa de aço bruto diminuiu 4% em julho frente a junho, atingindo o menor nível em sete meses e registrando o segundo declínio mensal seguido. O resultado reflete medidas para conter o excesso de capacidade, além do impacto de altas temperaturas e fortes chuvas que reduziram obras ao ar livre.

No mercado imobiliário, os preços de novas moradias recuaram 0,3% em julho ante o mês anterior, mesmo após governos locais ampliarem estímulos à compra de imóveis. O investimento no setor caiu 12% nos primeiros sete meses de 2023 em relação a igual período do ano passado.

Ainda assim, as quedas em base anual vêm perdendo força nas cidades de primeiro, segundo e terceiro níveis. Pequim tem reforçado apelos por medidas de estabilização, sinalizando possíveis novos apoios ao mercado.

Perspectivas para o minério

Analistas do ANZ observam que a redução recente da produção siderúrgica melhorou as margens das usinas, agora em território positivo, o que pode abrir espaço para recuperação nos preços do minério de ferro. Segundo o banco, o foco renovado do governo chinês em cortar excesso de capacidade também tende a sustentar a commodity.

Com informações de InfoMoney