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Brasília – O Ministério da Saúde começou a oferecer no Sistema Único de Saúde (SUS) o teste de biologia molecular DNA-HPV, exame que deverá substituir gradualmente o Papanicolau no rastreamento do câncer de colo do útero.
A nova tecnologia, produzida pelo Instituto de Biologia Molecular do Paraná, vinculado à Fiocruz, identifica 14 genótipos do papilomavírus humano (HPV) e consegue apontar a presença do vírus até dez anos antes de eventuais lesões, aumentando as chances de cura com tratamento precoce.
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Nesta primeira fase, o serviço é disponibilizado de forma escalonada em Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Ceará, Bahia, Pará, Rondônia, Goiás, Rio Grande do Sul, Paraná e no Distrito Federal. A pasta estima alcançar cerca de 5,6 milhões de mulheres em cinco anos nesses locais. A meta é expandir o exame para todo o território nacional até dezembro de 2026, beneficiando anualmente 7 milhões de mulheres entre 25 e 64 anos.
Como funciona o novo exame
A coleta continua semelhante à do Papanicolau, com retirada de secreção do colo uterino. A diferença é que, em vez de lâmina, o material vai para um tubo com líquido conservante e segue para análise do DNA viral em laboratório.
Se o resultado do teste DNA-HPV for negativo, o intervalo entre as coletas passa de três para cinco anos. Caso seja positivo, o Papanicolau será usado apenas para confirmar o diagnóstico, evitando repetições e intervenções desnecessárias.
Público-alvo e acesso
O rastreamento organizado abrange mulheres cisgênero, homens transgênero, pessoas não binárias, de gênero fluido e intersexuais com sistema reprodutivo feminino. Para realizar o exame, basta agendar consulta ginecológica nas Unidades Básicas de Saúde. O Ministério também fará cruzamento de dados para identificar quem ainda não se vacinou contra o HPV.
Imagem: Freepik/rawpixel via infomoney.com.br
Estrutura e capacitação
De acordo com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a rede utiliza equipamentos de biologia molecular adquiridos durante a pandemia de covid-19, o que reduz o tempo de espera por diagnóstico. Haverá distribuição de kits, treinamento de profissionais do SUS e apoio do Super Centro para Diagnóstico do Câncer, capaz de emitir parecer médico em até cinco dias. Parcerias com o Instituto Nacional de Câncer (INCA) e o Hospital Israelita Albert Einstein vão garantir cursos de citopatologia.
Dados sobre a doença
O HPV está associado a tumores de colo do útero, vagina, vulva, pênis, ânus e orofaringe. A Organização Mundial da Saúde calcula entre 9 e 10 milhões de brasileiros infectados e cerca de 700 mil novas infecções anuais. No triênio 2023-2025, o INCA projeta 17.010 casos novos de câncer de colo uterino por ano, o que representa 15 ocorrências para cada 100 mil mulheres.
Complemento vacinal
A vacina contra o HPV, disponível em dose única no SUS para meninas de 9 a 14 anos e em regimes especiais até 45 anos para imunossuprimidos ou pacientes oncológicos, continua sendo a principal forma de prevenção. Segundo o Ministério, a combinação entre imunização e rastreamento por DNA-HPV deve acelerar a redução da incidência da doença.
Com informações de InfoMoney
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