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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse em entrevista à agência Reuters que confia numa solução diplomática para que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, revogue as sanções financeiras impostas contra ele e a tarifa extra de 50% sobre produtos brasileiros.
Moraes, 56 anos, tornou-se alvo de medidas norte-americanas após endurecer ações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, que será julgado por suposta tentativa de golpe de Estado em 2022. Trump classificou o processo de “caça às bruxas” e reagiu com sanções que, segundo bancos brasileiros, já começam a afetar operações de clientes ligados ao magistrado.
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ToggleEsperança em consenso interno nos EUA
Segundo Moraes, há divergências dentro do governo norte-americano sobre a legalidade das punições. Ele afirmou ter recebido informações de que setores do Departamento de Estado e do Departamento do Tesouro demonstraram “relutância” em apoiar as medidas.
“É plenamente possível uma impugnação judicial nos Estados Unidos, mas optei por aguardar a via diplomática entre Brasil e Estados Unidos”, declarou. O ministro acredita que, após receberem “dados documentados” sobre o processo contra Bolsonaro, as autoridades norte-americanas recomendarão a Trump a revogação das sanções, dispensando ação judicial.
Reação em Washington
Um funcionário do Departamento de Estado ouvido pela Reuters confirmou resistência interna, dizendo que o Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC) “inicialmente disse não” à penalidade. Já um porta-voz do Tesouro defendeu a decisão, afirmando que Moraes “cometeu graves abusos contra os direitos humanos”. O Departamento de Estado não respondeu a pedidos de comentário.
Perfil do ministro
No STF desde 2017, o magistrado ganhou projeção ao comandar inquéritos sobre desinformação, autorizar prisões de manifestantes bolsonaristas e barrar Bolsonaro de disputar eleições quando presidiu o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Fora do tribunal, mantém rotina de boxe, artes marciais e leitura — atualmente, o livro “Liderança”, de Henry Kissinger.
Imagem: Adriano Machado via valor.globo.com
Moraes atribui parte da crise a uma “campanha” de aliados de Bolsonaro no exterior, citando o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), investigado por mudar-se para os Estados Unidos para buscar intervenção de Trump em favor do pai.
Apesar das tensões bilaterais, o ministro diz que seu dia a dia “pouco mudou” e reafirma confiança na diplomacia para reverter o impasse.
Com informações de Valor Econômico
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