Motta descarta anistia a acusados de tramar assassinatos e admite rever penas de envolvidos menores

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou na manhã desta quinta-feira, 14, que não há clima na Casa para aprovar anistia a investigados que, segundo as denúncias, teriam planejado assassinatos no contexto dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

Em entrevista à GloboNews, Motta destacou que somente casos de participação periférica encontram receptividade para discussão. “Não vejo dentro da Casa um ambiente para, por exemplo, anistiar quem planejou matar pessoas”, declarou. Ele ponderou, porém, que há disposição para rever punições consideradas excessivas contra quem “não teve papel central” e acabou condenado a penas longas pela soma dos delitos.

Segundo o parlamentar, uma eventual mudança na legislação poderia permitir progressão de regime a esses condenados, possibilitando que deixem o regime fechado e passem ao semiaberto. “Muitas dessas pessoas já cumpriram parte da pena”, observou.

Motta avaliou que a preocupação com sentenças “exageradas” reúne apoio de bancadas do centro político e poderia resultar em um projeto alternativo, distinto da anistia ampla defendida por setores da oposição. “Penso que talvez tenha um ambiente melhor entre os partidos de Centro”, comentou.

Na semana anterior, oposicionistas chegaram a ocupar o plenário da Câmara para pressionar pela anistia dos envolvidos nos atos de 8 de janeiro. O presidente da Casa afirmou que não cederá a “chantagens”, mas tampouco rejeitará pautas apoiadas por qualquer bloco. “O que tiver voto e apoio deverá ir ao plenário”, concluiu.

Com informações de InfoMoney