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Recife – O Ministério Público de Pernambuco (MP-PE) deflagrou nesta quinta-feira (14) uma operação para apurar suspeita de desvio de mais de R$ 500 milhões em contratos voltados à recuperação de prédios públicos firmados pela gestão do prefeito João Campos (PSB).
Autorizada pela Justiça, a ação foi conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e cumpriu 22 mandados de busca e apreensão em Pernambuco, Minas Gerais e Maranhão. O inquérito tramita sob sigilo.
Modelo “barriga de aluguel” sob investigação
De acordo com o Gaeco, as contratações teriam seguido o esquema conhecido como “barriga de aluguel”, apontado pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Nele, empresas registram atas de preços com itens e serviços considerados desnecessários, permitindo a adesão de fornecedores que não participaram da licitação original, os chamados “caronas”.
As apurações também verificam indícios de pagamentos em duplicidade, em que diferentes fornecedores teriam recebido por um mesmo serviço de engenharia.
Construtora Sinarco entre os alvos
Entre as empresas investigadas está a construtora Sinarco, que mantém R$ 119 milhões em contratos com a Prefeitura do Recife. A companhia não possui sede nem funcionários na capital pernambucana; seu endereço fica em João Pinheiro (MG), onde computadores e documentos foram apreendidos.
Imagem: infomoney.com.br
Posicionamento da Prefeitura
Em nota, a administração municipal afirmou que todos os processos resultaram de licitações realizadas conforme a legislação. Segundo o comunicado, o modelo adotado é utilizado por diversos entes públicos porque garante “rapidez, eficiência e economia”.
Com informações de InfoMoney
