Petrobras estuda elevar produção do FPSO Almirante Tamandaré para 250 mil barris por dia

RIO DE JANEIRO – A Petrobras avalia aumentar a capacidade de produção de seu maior navio-plataforma em operação, o FPSO Almirante Tamandaré, instalado no campo de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos, de 225 mil para 250 mil barris de petróleo por dia. A informação foi dada nesta segunda-feira (data não informada) pela diretora executiva de Exploração e Produção, Sylvia dos Anjos, durante evento do setor naval no Centro Cultural da FGV, no Rio.

O Almirante Tamandaré entrou em operação em fevereiro e atingiu a capacidade original de 225 mil barris diários com três meses de antecedência, resultado da alta produtividade de Búzios – área que deve se tornar, em breve, o maior campo produtor do país, ultrapassando Tupi.

Segundo a executiva, o incremento dependerá de autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), além de ajustes contratuais com a SBM, afretadora do navio-plataforma. “Há espaço para elevar a capacidade, mas precisamos das licenças”, afirmou.

Também presentes ao evento, a diretora de Engenharia, Tecnologia e Inovação, Renata Baruzzi, e o gerente de Programas Estratégicos, Wagner Victer, destacaram que o projeto do Almirante Tamandaré foi concebido com margem de segurança que permitiria chegar a 270 mil barris por dia. Baruzzi disse que a SBM já trabalha em estudos para esse patamar. “Esses empreendimentos têm folga de capacidade que pode ser alavancada”, explicou.

Sylvia dos Anjos, contudo, considerou o volume de 270 mil barris “exagerado” no momento, mas disse acreditar que os 250 mil barris são viáveis. “Estamos focados em ampliar essa unidade e também a do FPSO Duque de Caxias”, afirmou.

O Duque de Caxias opera no campo de Mero, também na Bacia de Santos, e é afretado à Modec. A estatal estuda aumentar a produção dessa plataforma e avalia ainda a possibilidade de expansão em uma terceira unidade, cujo nome não foi revelado.

Com os preços internacionais do petróleo mais baixos, a Petrobras busca formas de aumentar a eficiência e produzir mais sem elevar proporcionalmente os custos, ressaltou a diretora.

Com informações de InfoMoney