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RIO DE JANEIRO – As análises iniciais da Petrobras para regressar ao mercado de etanol indicam preferência pela rota do milho, embora o biocombustível de cana-de-açúcar não esteja fora do radar, afirmaram três fontes com conhecimento das discussões.
Segundo elas, o custo de produção em queda, resultado da expansão das áreas cultivadas, e o avanço superior a 30% registrado pelo segmento em 2023 pesam a favor do milho. Já o etanol de cana enfrenta estagnação pela disputa da matéria-prima com o açúcar.
Outro ponto considerado é a expansão da oferta no Norte e Nordeste, regiões tradicionalmente deficitárias, mas que vêm aumentando o plantio de milho, sobretudo no Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia).
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ToggleRaízen fora dos planos imediatos
Caso a estatal opte por comprar participações em usinas dedicadas ao etanol de milho, a Raízen (RAIZ4) ficaria de fora, pois opera mais de 20 unidades voltadas apenas à cana. Mesmo assim, as ações da companhia subiam mais de 10% por volta das 16h30 desta segunda-feira, após queda superior a 16% na semana anterior, quando divulgou prejuízo trimestral e surgiu a possibilidade de a Petrobras adquirir uma fatia minoritária.
Questionada, a Petrobras não comentou. A Raízen, por sua vez, informou no sábado que também não se pronunciaria.
Conversas ainda preliminares
“Estamos mais próximos do milho do que da cana. As perspectivas são melhores e já conversamos com várias empresas de milho”, disse uma segunda fonte, sob condição de anonimato. Ela não revelou nomes de possíveis alvos.
Entre as vantagens do etanol de milho, as fontes citam a expansão da fronteira agrícola do cereal e a ausência de concorrência com o açúcar, o que garante oferta estável mesmo quando os preços do adoçante sobem.
Imagem: infomoney.com.br
Ainda que não descarte totalmente a Raízen, representantes da Petrobras afirmaram que não existem tratativas em curso com a empresa. “Eles querem nos vender, mas as discussões nem começaram aqui”, afirmou uma das pessoas ouvidas.
A Petrobras já declarou que pretende voltar ao etanol com participações minoritárias, modelo adotado no passado, e avalia oportunidades no momento em que o Brasil se prepara para elevar a mistura do biocombustível na gasolina para 30% (E30).
“O retorno é certo, mas não há nada fechado com ninguém. Com a velocidade da Petrobras, ainda deve demorar”, disse outra fonte próxima aos estudos.
Com informações de InfoMoney
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