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Integrantes do governo Luiz Inácio Lula da Silva afirmam que a Casa Branca atuou diretamente para interromper os poucos canais de diálogo que vinham sendo construídos com Washington a respeito do chamado “tarifaço”. Segundo fontes ouvidas, nas últimas semanas houve um esvaziamento das conversas, frustrando a expectativa de Brasília de chegar a um entendimento com a gestão de Donald Trump.
“Há sinais claros de que eles não querem negociar. O diálogo sobre o tarifaço está bloqueado”, disse um negociador brasileiro familiarizado com as tratativas.
O principal indício mencionado pelo Planalto é o cancelamento, por falta de agenda, da reunião que o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, teria com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. No mesmo dia, Bessent encontrou-se com o jornalista Paulo Figueiredo e com o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). O governo brasileiro apostava em Bessent como interlocutor importante junto ao presidente Trump para aliviar as sanções comerciais.
Outro canal fechado envolve o secretário de Comércio norte-americano, Howard Lutnick, e o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. Fontes relatam que a primeira ligação entre os dois foi pouco produtiva e não houve avanço para novas rodadas.
A terceira frente citada refere-se ao encontro do chanceler Mauro Vieira com o secretário de Estado, Marco Rubio, em Washington. Apesar do discurso favorável ao diálogo durante a reunião, Rubio teria atuado depois para cancelar vistos de autoridades brasileiras que participaram do programa Mais Médicos com Cuba.
Na última sexta-feira, os EUA estenderam a medida e revogaram os vistos da esposa e da filha do ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Elas foram notificadas por e-mail pelo Consulado Geral norte-americano em São Paulo, segundo interlocutores do ministro.
Imagem: valor.globo.com
Rubio também é apontado como responsável pela divulgação recente de um relatório do Departamento de Estado que acusa o governo Lula de restringir o debate democrático e menciona suposta atuação do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes para suprimir manifestações pró-Bolsonaro na internet.
Diante das ações dos EUA, a orientação no Palácio do Planalto é evitar retaliações. Auxiliares de Lula descartam, por exemplo, revogar vistos de autoridades norte-americanas como resposta, sob o argumento de que isso enfraqueceria a posição internacional do Brasil de estar sofrendo medidas consideradas arbitrárias.
Com informações de Valor Econômico
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