AJUDE O PORTAL | COMPARTILHE EM SEUS GRUPOS
O Palácio do Planalto responsabiliza o Congresso Nacional pelo recuo de 60% no lucro líquido do Banco do Brasil registrado no segundo trimestre de 2025. O resultado, divulgado nesta quinta-feira (14), ficou em R$ 3,8 bilhões, frente aos R$ 9,5 bilhões obtidos no mesmo período de 2024.
Segundo auxiliares do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, parte da alta na inadimplência — apontada pelo mercado como principal causa da piora — foi provocada por expectativas no agronegócio de renegociação de dívidas. A percepção teria sido alimentada após a Câmara dos Deputados aprovar medida que libera até R$ 30 bilhões do Fundo Social do Pré-Sal para refinanciar débitos do setor.
Conteúdo do Artigo
ToggleMedida ampliada e classificada como “pauta-bomba”
O texto, que originalmente beneficiaria apenas pequenos produtores rurais, foi ampliado com o apoio do centrão e passou a incluir grandes empresas do campo. A votação foi articulada pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), em reação ao veto de Lula ao aumento do número de deputados e à decisão do STF que manteve o reajuste do IOF. O projeto segue no Senado em regime de urgência, aguardando análise em plenário.
Provisões e índices de atraso em alta
No balanço, o Banco do Brasil elevou as provisões para devedores duvidosos (PDD) a R$ 15,9 bilhões, aumento de 104% em 12 meses. Desse total, R$ 7,9 bilhões se referem ao agronegócio, R$ 4,8 bilhões a pessoas físicas e R$ 4,3 bilhões a empresas.
No segmento rural, os atrasos superiores a 90 dias alcançaram 3,49% da carteira, avanço de 0,45 ponto percentual no trimestre e de 2,17 pontos em relação a igual período do ano passado. A combinação de safra desfavorável e maior número de recuperações judiciais agravou o cenário no campo.
Imagem: Adriano Machado via infomoney.com.br
Tarciana Medeiros segue prestigiada
Apesar do resultado negativo, aliados do governo afirmam que a presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, mantém apoio de Lula e não corre risco iminente de substituição. No Senado, porém, existem pressões por mudanças. Parlamentares citam o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), como interessado no comando da instituição, mas interlocutores do Planalto avaliam que Medeiros ainda detém capital político para permanecer.
Com informações de InfoMoney
UTILIZE NOSSAS CALCULADORAS GRATUITAS
Calculadora Simulação de Empréstimos e Financiamentos - Gratuita
Calculadora Simulação de Investimentos - Gratuita
Calculadora de Correção de Valores - IGP-M - IPCA - SELIC - Gratuita