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A Citizens Advice Scotland advertiu que a pobreza energética afeta a população durante todo o ano, inclusive nos meses mais quentes, e pode se agravar com o próximo reajuste das tarifas de gás e eletricidade no Reino Unido.
Entre abril e junho, a organização foi procurada por mais de 4 mil moradores da Escócia em busca de orientação sobre contas de energia. O diretor de impacto da entidade, David Hilferty, afirmou que a alta nas tarifas “colocará ainda mais pressão” sobre quem já enfrenta dificuldades para pagar as despesas domésticas.
Segundo Hilferty, a dívida média relacionada a energia duplicou nos últimos cinco anos, chegando a £ 2.500. Ele defendeu mudanças no “mercado de energia quebrado”, como a criação de uma tarifa social e um programa robusto de alívio de dívidas.
O novo teto tarifário anunciado pela reguladora Ofgem entrará em vigor no início de outubro e prevê um aumento de 2%. Para um consumo considerado típico, a conta anual passará a £ 1.755, acréscimo de £ 35 em relação ao limite atual.
O limite da Ofgem determina o preço máximo cobrado por unidade de gás e eletricidade na Inglaterra, Escócia e País de Gales. Para estimar o impacto individual, cada família pode adicionar cerca de £ 2 a cada £ 100 que já gasta por ano com energia.
Em reação ao reajuste, o primeiro-ministro escocês, John Swinney, divulgou vídeo na rede X afirmando que as tarifas já estão altas demais. Ele disse que, desde a chegada do Partido Trabalhista ao poder, as contas ficarão aproximadamente £ 187 acima do nível anterior e voltou a defender a independência da Escócia como forma de reduzir custos.
Imagem: bbc.com
O ministro britânico da Energia, Michael Shanks, reconheceu a preocupação dos consumidores e prometeu “ação urgente” para ajudar famílias vulneráveis, incluindo a expansão do desconto de £ 150 para aquecimento a mais 2,7 milhões de lares.
A Advice Direct Scotland, que oferece orientação gratuita sobre energia, recomendou que os consumidores acompanhem atentamente o consumo. A líder do projeto de energia, Jillian Edmund, aconselhou verificar as faturas, comparar preços entre fornecedores, fazer leituras frequentes dos medidores e confirmar o funcionamento adequado de medidores inteligentes. “Ninguém deve enfrentar essas dificuldades sozinho; há ajuda disponível”, reforçou.
Com informações de BBC
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