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Discurso de Powell em Jackson Hole domina atenções; Moraes fala em fórum no Rio e outros eventos desta sexta-feira

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A sexta-feira, 22, é marcada pelo simpósio anual de Jackson Hole, encontro que reúne autoridades monetárias, economistas e investidores de vários países. O momento mais aguardado é a fala do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, programada para as 11h (horário de Brasília). Analistas esperam que o dirigente forneça sinais sobre o próximo passo da política de juros dos Estados Unidos, em meio a indicadores mistos de atividade e inflação.

Roman Gaiser, responsável pela área de renda fixa da Columbia Threadneedle Investments, acredita que Powell adotará tom prudente, evitando antecipar decisões sobre cortes de juros. A ferramenta FedWatch, do CME Group, mostra chance de 75,3% de redução na taxa básica em setembro, abaixo dos 82,4% registrados na véspera.

Brasil

Com agenda econômica esvaziada, o foco interno permanece na repercussão da Lei Magnitsky, aplicada pelos Estados Unidos contra bancos brasileiros ligados ao ministro do STF Alexandre de Moraes. As instituições enfrentam pressões externas e a reação do ministro Flávio Dino, que disse não reconhecer a validade da sanção no país.

Às 17h15, Alexandre de Moraes participa do 24º Fórum Empresarial Lide, no Rio de Janeiro. Já o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, recebe às 15h30, em São Paulo, o diretor do Instituto Paraná Pesquisas, Murilo de Oliveira, para tratar de assuntos institucionais; a reunião será fechada à imprensa.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cumpre agenda em Bogotá. Às 7h40, ele participa de encontro com sociedade civil e comunidades indígenas dos países signatários do Tratado de Cooperação Amazônica, na Plaza de Armas. Às 10h20, comparece à 5ª Reunião de Presidentes do tratado e à adoção da Declaração de Bogotá, na Casa de Nariño, concedendo declaração à imprensa às 11h20. O retorno ao Brasil está previsto para as 14h05, com chegada a Brasília às 22h35.

Estados Unidos

Além do discurso de Powell, o Departamento de Estado informou que revisa registros de mais de 55 milhões de portadores de visto, buscando infrações que possam levar à revogação do documento ou à deportação. Desde janeiro, mais de 6 mil vistos foram cancelados por motivos como permanência irregular, delitos e suposto apoio a terrorismo. A taxa de emissão agora supera R$ 2,3 mil e o governo passou a exigir informações sobre redes sociais dos solicitantes.

Cenário internacional

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky sinalizou disposição para flexibilizar a exigência de cessar-fogo antes de eventual encontro com Vladimir Putin, desde que garantias de segurança sejam acertadas em até dez dias. Moscou nega negociações bilaterais, propondo apenas conversas técnicas em Istambul.

Em Gaza, o Exército de Israel iniciou ofensiva terrestre contra o Hamas, mobilizando mais de 60 mil reservistas e intensificando bombardeios. Tropas controlam os arredores da cidade e orientam a transferência de hospitais para o sul, sob críticas internacionais pela piora da crise humanitária e risco a reféns.

Outros destaques econômicos e políticos

• Bancos brasileiros suspenderam por dois dias a contratação do crédito consignado CLT, o “Crédito do Trabalhador”, para migrar 4 milhões de contratos para a nova plataforma da Dataprev. Portabilidade e refinanciamento podem levar até dois meses.

• A Câmara dos Deputados aprovou regime de urgência para o projeto que eleva a faixa de isenção do Imposto de Renda a salários de até R$ 5 mil. O mérito pode ser votado já na próxima semana.

• A arrecadação de IOF em julho de 2025 somou R$ 6,554 bilhões, alta real de 13,05% sobre igual mês de 2024. De janeiro a julho, o total alcançou R$ 43,517 bilhões, avanço de 9,42% em termos reais.

• Receita Federal informa que, entre janeiro e julho de 2025, apostas e jogos geraram R$ 4,7 bilhões em tributos. A estimativa é fechar o ano perto de R$ 9 bilhões.

Investigações envolvendo Bolsonaro

Relatório da Polícia Federal aponta movimentação de R$ 30 milhões nas contas do ex-presidente Jair Bolsonaro entre março de 2023 e fevereiro de 2024, considerada atípica pelo Coaf. Parte dos recursos foi usada para honorários advocatícios e aplicações, enquanto transferências a Eduardo Bolsonaro e Michelle Bolsonaro levantaram suspeitas de tentativa de driblar bloqueios judiciais.

A PF também indicia Jair e Eduardo Bolsonaro por suposta obstrução de justiça no inquérito sobre tentativa de golpe. A defesa diz ter recebido o indiciamento com surpresa e promete responder dentro do prazo fixado pelo ministro Alexandre de Moraes. Eduardo classificou a acusação como “delirante”.

Mensagens de WhatsApp citadas pela PF revelam que Eduardo aconselhou o pai a tranquilizar-se sobre possível prisão, discutiu sanções dos EUA e sugeriu publicações pró-Donald Trump. O relatório vê indícios de coação e tentativa de abolir o Estado democrático de Direito.

O ex-presidente articulou alteração no regimento da Câmara para ampliar o período de licença de Eduardo, que está nos EUA e pode perder o mandato. A proposta foi protocolada, mas não votada. Cogitou-se ainda a nomeação do deputado pelo governador Tarcísio de Freitas.

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou que as conversas internas revelam conspiração contra o país. Segundo a CNN, o presidente Lula cobrou do presidente da Câmara, Hugo Motta, posicionamento a respeito da atuação de Eduardo nos EUA, incluindo possibilidade de cassação. Motta enviou o caso ao Conselho de Ética; aliados consideram a perda de mandato improvável.

Com informações de InfoMoney

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