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A inflação dos alimentos no Reino Unido alcançou 4,2% em agosto, maior nível em 18 meses, puxada pelo encarecimento de chocolate, manteiga e ovos, segundo o monitor de preços do British Retail Consortium (BRC).
O resultado supera os 4% registrados em julho e é o mais alto desde março do ano passado, quando a taxa ficou em 3,7%.
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ToggleColheitas fracas de cacau elevam preço do chocolate
De acordo com Helen Dickinson, presidente-executiva do BRC, o custo do chocolate subiu porque os preços globais do cacau seguem elevados após safras ruins, atribuídas a mudanças climáticas e doenças nas plantações.
Ela destacou ainda que itens básicos, como manteiga e ovos, tiveram “aumentos significativos” em razão da alta demanda, oferta reduzida e despesas maiores com mão de obra. Por outro lado, Dickinson apontou algum alívio para famílias no início do ano letivo, com reduções nos preços de roupas, livros e material escolar.
Custos operacionais e clima influenciam
Mike Watkins, responsável por varejo e análise de negócios da NIQ, empresa que colabora com o BRC no levantamento, afirmou que a alta reflete custos globais de suprimentos, inflação sazonal provocada pelo clima e elevação das despesas operacionais.
“Com o fim das férias de verão, muitos consumidores podem ter de reavaliar o orçamento doméstico diante das contas mais altas”, comentou Watkins.
Imagem: bbc.com
Pressão sobre a inflação geral
O aumento nos preços dos alimentos contribuiu para a inflação geral do país, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (CPI). Segundo o Office for National Statistics (ONS), o CPI atingiu 3,8% em julho, ante 3,6% em junho.
O ONS informou ainda que o custo de alimentos e bebidas não alcoólicas avançou 4,9% nos 12 meses até julho, acima dos 4,5% registrados no período até junho. Em cinco anos, os preços dos alimentos acumularam alta de cerca de 37%.
Com informações de BBC News