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Pressão pelo impeachment de Moraes coloca pré-candidatos ao Senado em rota de colisão com STF

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A articulação de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para pedir o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), tem provocado constrangimentos e mudanças de postura entre pré-candidatos ao Senado que disputam o eleitorado bolsonarista nas eleições de 2026.

São Paulo

No Estado mais populoso do país, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) evita críticas diretas ao STF e, por isso, passou a ser pressionado por aliados. O secretário de Segurança, Guilherme Derrite (PP), nome preferido de Tarcísio para a disputa, virou alvo de cobranças depois de faltar a manifestações que incluíam ataques ao Supremo. Já o deputado estadual Gil Diniz (PL-SP) e o deputado federal Marco Feliciano (PL-SP) participaram do ato na Avenida Paulista e defendem abertamente o afastamento de Moraes. “A pauta do impeachment de Moraes é o item número um para o eleitor bolsonarista”, afirmou Diniz.

Rio de Janeiro

O governador Cláudio Castro (PL) planeja concorrer ao Senado, mas mantém relação cautelosa com a Corte. O STF arquivou inquéritos sobre supostos repasses de propina ao governador, investigação que ele sempre negou. No Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Castro ainda enfrentará o processo do caso Ceperj. Dentro do PL fluminense, o senador Carlos Portinho e o deputado Sóstenes Cavalcante cobram de Castro uma postura mais “combativa” contra Moraes. “Queremos senadores que não tenham comprometimento com ministros do STF”, disse Sóstenes.

Mato Grosso

O governador Mauro Mendes (União) criticou o presidente do Congresso, Davi Alcolumbre (União-AP), por não analisar pedidos de impeachment de Moraes. Apesar disso, Mendes evita atacar os ministros diretamente e mantém interlocução com o Supremo. O ex-deputado José Medeiros (PL) reforçou a cobrança por candidaturas alinhadas ao enfrentamento à Corte.

Mato Grosso do Sul

A senadora Soraya Thronicke (União), que tentará a reeleição, classificou como “chantagens perversas” as pressões para assinar o pedido contra Moraes. Eleita em 2018 com apoio de Bolsonaro, Soraya depois rompeu com o ex-presidente. Recentemente, assinou requerimento que pede a retirada da tornozeleira eletrônica do senador Marcos do Val (Podemos-ES), também determinada por Moraes.

Paraíba

O senador Efraim Filho (União) aderiu ao pedido de impeachment após sofrer pressão de aliados do PL, partido com o qual negocia aliança para 2026. Ele defendeu o processo como “alternativa para coibir excessos” de outro Poder.

Rio Grande do Sul

O governador Eduardo Leite (PSD), cotado para o Senado ou para a Presidência em 2026, rejeita o afastamento de Moraes, mas apoia limites a decisões monocráticas e mandatos para ministros — bandeiras hoje abraçadas pelo bolsonarismo.

Santa Catarina

O senador Esperidião Amin (PP) passou a defender a abertura de processo contra o ministro como forma de impor “freio de arrumação” ao STF. Ele pode enfrentar as deputadas Carol de Toni e Julia Zanatta, além da possibilidade de Carlos Bolsonaro (PL-RJ) migrar para o estado.

Roraima

O senador Mecias de Jesus (Republicanos) anunciou apoio ao impeachment de Moraes em vídeo ao lado do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) e do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). Entre os possíveis rivais de Mecias em 2026 está o deputado Hélio Lopes (PL-RJ), que estuda transferir o domicílio eleitoral para o estado.

Em meio à disputa por duas vagas em cada unidade federativa em 2026, o posicionamento sobre Moraes tornou-se critério decisivo para grupos ligados a Jair Bolsonaro, empurrando governadores, senadores e deputados a reverem ou endurecerem suas falas sobre o Supremo.

Com informações de InfoMoney

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