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Empresário Sidney Oliveira, da Ultrafarma, é detido em operação que apura esquema de propina na Sefaz-SP

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O empresário Sidney Oliveira, fundador da rede de farmácias Ultrafarma, foi preso temporariamente na terça-feira (12) durante a Operação Ícaro, conduzida pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP). A investigação mira um suposto esquema de corrupção que teria envolvido mais de R$ 1 bilhão em propinas pagas a auditores fiscais da Secretaria da Fazenda e Planejamento de São Paulo (Sefaz-SP).

Quem foi detido

Além de Oliveira, foram presos:

  • Mário Otávio Gomes, diretor estatutário da varejista de eletrônicos Fast Shop;
  • Artur Gomes da Silva Neto, auditor fiscal e supervisor da Diretoria de Fiscalização (Difis) da Sefaz-SP.

Como o esquema funcionava

De acordo com o MP-SP, Artur manipulava processos administrativos para facilitar a quitação de créditos tributários de empresas. Em troca, recebia pagamentos por meio da Smart Tax, firma registrada em nome de sua mãe. O patrimônio da empresa saltou de R$ 411 mil em 2021 para R$ 2 bilhões em 2024, apesar de não ter funcionários e contar apenas com a Fast Shop como cliente.

Ligações com a Ultrafarma

Os promotores afirmam ter identificado centenas de e-mails entre Artur, Sidney e funcionários da Ultrafarma. O auditor também dispunha do certificado digital da rede de farmácias para protocolar pedidos de ressarcimento tributário em nome da empresa junto à Sefaz-SP.

Segundo a investigação, Artur pagou R$ 1,2 milhão ao advogado Fernando Capez para defender Sidney em procedimento anterior e para negociar um Acordo de Não Persecução Penal (ANPP), que encerraria a apuração e ocultaria suposta participação do fiscal.

Motivo da prisão temporária

A Justiça paulista manteve a detenção temporária de Sidney após audiência de custódia na quarta-feira (13). O MP-SP argumentou que, em liberdade, o empresário poderia pressionar ou intimidar funcionários da Ultrafarma que ainda serão ouvidos. O mesmo fundamento foi usado para justificar a prisão de Mário Otávio Gomes. Pela lei, a prisão temporária tem prazo inicial de cinco dias.

Empresas citadas

Além da Ultrafarma e da Fast Shop, outras varejistas aparecem na investigação como possíveis financiadoras do esquema, entre elas:

  • Grupo Nós (lojas de conveniência Oxxo);
  • Rede 28 (postos de combustíveis);
  • Kalunga (papelaria e material de escritório);
  • Distribuidora All Mix.

Posicionamentos

A Fast Shop informou, por nota, que ainda não teve acesso aos autos e que colabora com as autoridades. A Ultrafarma não se manifestou até a publicação desta matéria. O Estadão segue buscando contato com as defesas dos envolvidos.

Com informações de InfoMoney

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