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Produção industrial e vendas no varejo desaceleram na China em julho

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A atividade econômica chinesa perdeu fôlego em julho. Dados divulgados nesta sexta-feira (data local) pelo Escritório Nacional de Estatísticas mostram que a produção industrial avançou 5,7% na comparação anual, o menor ritmo em oito meses e abaixo da expansão de 6,8% observada em junho. Analistas consultados pela Reuters projetavam alta de 5,9%.

O consumo também esfriou. As vendas no varejo cresceram 3,7% ante igual mês de 2024, desaceleração significativa em relação ao aumento de 4,8% registrado no mês anterior. A expectativa do mercado era de elevação de 4,6%.

Pressões internas e externas

Os números fracos surgem em meio a diversos desafios, que vão da disputa comercial com os Estados Unidos à fraqueza prolongada do setor imobiliário, passando por condições climáticas adversas e concorrência intensa no mercado doméstico.

Uma trégua tarifária acertada com Washington em maio e prorrogada por mais 90 dias nesta semana evitou que as alíquotas norte-americanas voltassem a patamares considerados proibitivos. Mesmo assim, os fabricantes chineses continuam pressionados pela demanda enfraquecida e pela deflação dos preços ao produtor.

Outros indicadores em queda

A produção de aço bruto recuou 4% em julho na comparação com junho, atingindo o menor nível em sete meses e acumulando o segundo declínio mensal seguido.

Entre janeiro e julho, o investimento em ativos fixos avançou 1,6% ante o mesmo período de 2024, desempenho inferior ao crescimento de 2,8% do primeiro semestre e à projeção de 2,7% dos economistas.

Produção industrial e vendas no varejo desaceleram na China em julho - Imagem do artigo original

Imagem: infomoney.com.br

Resposta do governo

Diante da perda de ritmo, Pequim tem intensificado medidas para estimular o consumo interno e coibir a competição excessiva de preços, numa tentativa de manter o crescimento próximo à meta de cerca de 5% estabelecida para 2025.

Economistas ouvidos pelo mercado avaliam que parte dos estímulos foi antecipada para os primeiros meses de 2025 e agora mostra menor impacto, o que aumenta a pressão por novas iniciativas de apoio.

O quadro atual reforça a percepção de que a segunda maior economia do mundo ainda depende de impulsos governamentais para sustentar a atividade, em meio a riscos globais e ao enfraquecimento da demanda doméstica.

Com informações de InfoMoney

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