Psicóloga aconselha gestor a usar diplomacia para engajar colega resistente

Uma consulta enviada por um coordenador de projetos de 37 anos ao Carreira no Divã, coluna do Valor Econômico, descreve a dificuldade de lidar com uma profissional ríspida que se recusa a compartilhar informações entre duas equipes que precisam atuar em conjunto.

Na resposta, a psicóloga Mariana Clark afirma que ferramentas de gestão colaborativa ajudam, mas não substituem a liderança capaz de compreender o contexto de cada integrante do time. Segundo ela, o comportamento fechado pode refletir três cenários principais: uma cultura organizacional dividida em silos, insegurança individual ou um processo de luto decorrente de perdas pessoais ou mudanças bruscas.

Construir confiança é apontado como o passo central para transformar resistência em colaboração. Clark destaca que líderes que unem áreas isoladas, convertem retenção de informações em troca aberta e estimulam parcerias sustentáveis geram impacto duradouro nos resultados da empresa.

A especialista lembra que todos podem vivenciar até 20 experiências de dor ao longo da vida — o que afeta produtividade e relações de trabalho — e recomenda investigar possíveis causas antes de rotular comportamentos como meros traços de personalidade.

Para o coordenador, a orientação é adotar postura diplomática, entender motivações e inseguranças da colega e fortalecer o ambiente de diálogo. “O projeto que hoje lhe tira o sono pode se tornar o case que marcará sua carreira”, conclui Clark.

A coluna Carreira no Divã recebe perguntas relacionadas ao mundo corporativo e publica as respostas assinadas por consultores, sem representar a opinião oficial do jornal.

Com informações de Valor Econômico