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Raízen prevê moagem de cana mais próxima do piso do guidance e considera vender usinas para aliviar dívida

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A Raízen, maior processadora mundial de cana-de-açúcar, estima que a moagem da safra 2025/26 ficará entre o ponto médio e o limite inferior do intervalo de 72 a 75 milhões de toneladas projetado anteriormente. A estimativa foi detalhada nesta quinta-feira (8) por executivos da companhia, que atribuem a revisão às condições climáticas adversas registradas no último ano.

Em 2024/25, a empresa já havia reduzido o processamento para 78,2 milhões de toneladas, contra 84,2 milhões em 2023/24. Segundo Phillipe Casale, executivo de Relações com Investidores, a seca e as queimadas de 2023, seguidas de chuvas durante a colheita atual, prejudicaram a qualidade da matéria-prima.

Resultados pressionam ações

Após divulgar prejuízo de R$ 1,8 bilhão no primeiro trimestre da safra 2025/26 (abril a junho), as ações da Raízen caíam mais de 10% perto do meio-dia, atingindo a mínima histórica. Analistas consultados pela LSEG projetavam perda de R$ 884,7 milhões. A dívida líquida da companhia avançou de R$ 31,6 bilhões para R$ 49,2 bilhões em 12 meses.

Casale acrescentou que uma moagem menor deve influenciar a oferta brasileira de açúcar e etanol. Apesar de mais cana estar sendo direcionada ao açúcar, o executivo afirmou que a demanda por etanol segue firme após o aumento da mistura de anidro na gasolina de 27% para 30% (E30).

Plano de desinvestimentos

Para fortalecer a estrutura de capital, o diretor financeiro, Rafael Bergman, informou que a Raízen pode continuar vendendo ou hibernando ativos. A companhia já se desfez das usinas Leme e MB e colocou a unidade Santa Elisa em hibernação.

“Gostamos do negócio de açúcar, etanol e bioenergia, mas algumas unidades não alcançam a rentabilidade desejada”, disse Bergman. O executivo afirmou que o grupo pretende manter escala, ainda que opere com um número menor de usinas.

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Imagem: infomoney.com.br

Eficiência e capitalização

O CEO, Nelson Gomes, destacou um plano robusto para elevar a produtividade agrícola nos próximos trimestres. No primeiro trimestre da safra, a moagem caiu 20,7% na comparação anual, para 24,5 milhões de toneladas, reflexo de um início de colheita antecipado na temporada passada.

Bergman acrescentou que a Raízen, joint venture entre Shell e Cosan, passa por um processo de dois a três anos de transformação operacional e simplificação de portfólio. A aceleração desse ciclo pode envolver uma capitalização com participação dos atuais ou de novos acionistas, mas não há definição sobre a operação.

Com informações de InfoMoney

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