Randolfe assume culpa por derrota do governo na CPMI do INSS e oferece cargo

O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), admitiu nesta quarta-feira (20) a responsabilidade pela derrota na eleição dos cargos de comando da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que vai apurar descontos indevidos na folha de pagamento de aposentados do INSS.

Na sessão, a oposição garantiu a presidência e a relatoria do colegiado, contrariando a expectativa do Palácio do Planalto de ver aliados nesses postos. Foram escolhidos o senador Carlos Viana (Podemos-MG) para a presidência e o deputado Alfredo Gaspar (União-AL) para a relatoria.

“Eu assumo a minha culpa, minha máxima culpa, porque cabe a mim a responsabilidade da liderança no Congresso”, afirmou Randolfe, acrescentando que colocou seu cargo à disposição durante reunião com a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann. O senador disse também ter comunicado a decisão ao presidente da República.

O governo contava com a escolha do senador Omar Aziz (PSD-AM) para a presidência e do deputado Ricardo Ayres (Republicanos-TO) para a relatoria, nomes indicados pelos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).

Após o revés, Randolfe informou que o deputado Paulo Pimenta (PT-RS) assumirá a coordenação da base governista na CPMI. “Escolhemos o deputado Paulo Pimenta como coordenador geral da bancada do governo, Câmara e Senado, na CPMI”, declarou.

O líder negou qualquer possibilidade de retaliação aos parlamentares aliados que não compareceram à votação. “Não vamos retaliar quem da base não compareceu. Esperamos que quem é governo seja governo”, disse.

A CPMI investigará denúncias de descontos irregulares na folha de pagamentos de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social.

Com informações de Valor Econômico