Restrição a brasileiros nos EUA pode afetar receita de roaming da TIM, diz presidente

RIO DE JANEIRO – O presidente-executivo da TIM Brasil, Alberto Griselli, afirmou que uma eventual restrição à entrada de brasileiros nos Estados Unidos pode reduzir a receita de serviços de roaming da operadora.

Segundo o executivo, a participação do roaming no faturamento total ainda é pequena, mas vem crescendo porque todos os planos pós-pago e controle da companhia já incluem o serviço. “O roaming tem peso pequeno para nós, mas é crescente”, declarou Griselli durante evento do Lide, no Rio de Janeiro.

A preocupação surge após o governo norte-americano anunciar, na quinta-feira (data citada), a revisão de mais de 55 milhões de estrangeiros com vistos válidos, a fim de identificar possíveis violações que possam resultar em deportações. A Casa Branca informou também que o Serviço de Cidadania e Imigração dos EUA passará a considerar manifestações de antiamericanismo nas análises de vistos.

“Por enquanto não vemos impacto, mas, se houver uma restrição muito grande, será algo a menos que teremos”, acrescentou o CEO.

Na semana passada, a agência de viagens CVC relatou que incertezas sobre a política de imigração dos Estados Unidos reduziram a demanda por viagens ao país e pressionaram seu resultado no primeiro semestre.

Questionado sobre possíveis tarifas dos EUA sobre produtos brasileiros, Griselli avaliou que o efeito sobre o setor de telecomunicações é limitado. Para ele, fatores macroeconômicos como câmbio, inflação, juros e mercado de trabalho têm influência mais relevante no desempenho da companhia.

A TIM mantém a projeção de crescimento de cerca de 5% na receita de serviços este ano e de avanço entre 6% e 8% no Ebitda, além de continuidade na distribuição de dividendos, reforçou o executivo.

Griselli comentou ainda que a empresa acompanha a expansão global do mercado de data centers, mas não pretende construir ou operar diretamente essas unidades por enquanto. A operadora avalia integrar seus serviços corporativos a soluções de nuvem e pode buscar oportunidades por meio da aquisição de ativos desse segmento.

Enquanto isso, a concorrente Telefônica Brasil firmou, no início do mês, uma parceria de aproximadamente R$ 4 bilhões com a Sabesp para investir e operar hidrômetros inteligentes no Estado de São Paulo.

Com informações de InfoMoney