Petrobras agenda simulado de vazamento na Foz do Amazonas, última etapa antes de perfurar bloco FZA-M-59

Rio de Janeiro – A Petrobras realizará na semana que começa no domingo, 24, a Avaliação Pré-Operacional (APO) do bloco FZA-M-59, na Foz do Amazonas, última exigência do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) antes da decisão sobre o licenciamento de perfuração na Margem Equatorial.

O que é a APO

A APO consiste em um exercício prático que simula vazamento de óleo. O objetivo é comprovar, em campo, se a companhia tem capacidade de aplicar o Plano de Emergência Individual (PEI) e o Plano de Proteção à Fauna (PPAF), ambos já aprovados conceitualmente pelo Ibama.

Por que o teste é exigido

Segundo o Ibama, a simulação é obrigatória em áreas consideradas de alta sensibilidade ambiental e em novas fronteiras de exploração, como a Margem Equatorial. O bloco alvo da Petrobras está a 175 km da costa do Amapá e a mais de 500 km da foz do rio Amazonas.

Como funciona a simulação

O órgão ambiental define os cenários sem aviso prévio à operadora. A Petrobras só toma conhecimento das condições do suposto acidente no momento do acionamento do exercício. O Ibama avalia a mobilização de recursos, o tempo de resposta e a eficácia das ações.

Estrutura prometida pela Petrobras

A estatal afirma que prepara o maior plano de resposta a emergências já montado pela companhia. Segundo a empresa, o histórico de mais de 3 000 poços perfurados em águas profundas e ultraprofundas sem danos ambientais torna a probabilidade de um evento real “remotíssima”.

Duração prevista

Não há tempo padrão para a APO. O último simulado da Petrobras, na Bacia Potiguar, ocorreu de 18 a 20 de setembro de 2023 e durou três dias. Para a Foz do Amazonas, o Ibama estima entre três e quatro dias, com possibilidade de ajustes conforme as condições operacionais.

Com informações de Valor Econômico