Tarcísio promete punição dura a envolvidos em esquema na Fazenda de SP e afirma que “vagabundo tem que ser tratado com rigor”

15/09, Sorocaba (SP) — O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), declarou nesta sexta-feira, 15, que os participantes do esquema de corrupção investigado pela Operação Ícaro, que envolve a Ultrafarma e auditores da Secretaria da Fazenda do Estado, serão punidos “na esfera administrativa, civil e penal”.

Após evento em Sorocaba, Tarcísio disse ter encontrado, no início da gestão, “um Estado ainda muito analógico e carente de digitalização”. Segundo ele, a fraude apurada teve início em 2021, embora existam registros de casos semelhantes desde 2015. “Agora é redesenhar processos, investir em tecnologia e ir atrás dos bens de quem lesou o Estado. Eles vão sentir a mão pesada do Estado. Vagabundo tem que ser tratado com rigor”, afirmou.

Operação Ícaro

Deflagrada em 12 de agosto pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP), a operação investiga o pagamento de mais de R$ 1 bilhão em propinas a auditores fiscais da Fazenda paulista para beneficiar empresas do varejo.

Na ação, foram presos temporariamente o empresário Sidney de Oliveira, dono da Ultrafarma; o executivo Mário Otávio Gomes, diretor estatutário da rede Fast Shop; e o auditor fiscal Artur Gomes da Silva Neto, servidor da Sefaz-SP.

Gestão e transparência

Tarcísio destacou que o governo está implantando um órgão central de recursos humanos e estruturando a Controladoria-Geral do Estado. O secretário da Fazenda, Samuel Kinoshita, manifestou-se apenas pelas redes sociais, citando frase do ex-ministro da Suprema Corte dos EUA Louis Brandeis: “A luz do sol é o melhor desinfetante; a luz elétrica, o policial mais eficiente”.

O governador reiterou que o objetivo é modernizar sistemas, aumentar a transparência e responsabilizar todos os envolvidos.

Com informações de InfoMoney