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O escritor de ficção científica Ted Chiang afirmou que o uso indiscriminado de ferramentas de inteligência artificial (IA) generativa representa um risco sério para a formação das crianças. Segundo ele, ao oferecer respostas instantâneas, a tecnologia cria a impressão de que é possível aprender sem esforço — condição que, em sua avaliação, mina o desenvolvimento do pensamento crítico e da resiliência.
Chiang ressalta que o processo de aprendizado pressupõe prática constante e enfrentamento de dificuldades. Para o autor, quando os estudantes acreditam existir um “atalho” fornecido pela IA, o resultado é a redução do engajamento e da verdadeira assimilação do conhecimento.
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ToggleOutros efeitos indesejados
Além de questionar o impacto pedagógico, o escritor menciona problemas colaterais, como:
- produção excessiva de conteúdo de pouca relevância, dificultando a filtragem de informações úteis;
- alto consumo de energia para treinar modelos de linguagem;
- dúvidas sobre direitos autorais no uso de materiais para alimentar esses sistemas.
Chiang observa que, embora o excesso de dados não seja novidade, a IA tende a intensificar o cenário, tornando mais desafiador encontrar conteúdos que estimulem reflexão profunda. Ele também destaca que a facilidade de acesso às distrações digitais nunca foi tão grande, o que pode acelerar a terceirização do esforço cognitivo.
Potencial positivo e necessidade de limites
Apesar das críticas, a inteligência artificial já é utilizada em sala de aula para personalizar atividades, apoiar estudantes com ritmos diferentes e ampliar o alcance de materiais em regiões remotas. Professores empregam assistentes virtuais para preparar planos de ensino e corrigir tarefas, liberando tempo para a interação presencial.
Imagem: Pexels via infomoney.com.br
Para Diogo França, diretor da XP Educação, o desafio não está em rejeitar a tecnologia, mas em estabelecer parâmetros claros de uso. Ele defende que a IA funcione como suporte ao aprendizado, sem substituir o esforço necessário para que o aluno realmente compreenda os conteúdos.
Na visão de Chiang, a tecnologia deve servir como ferramenta complementar e não como solução que elimina etapas fundamentais do desenvolvimento intelectual. “Aprender é difícil, e justamente por isso tem valor”, resume o autor.
Com informações de InfoMoney
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