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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta segunda-feira a demissão de Lisa Cook do Conselho do Federal Reserve (Fed). A economista, indicada em 2022 pelo então presidente Joe Biden, é a primeira mulher afro-americana a ocupar uma cadeira na autoridade monetária.
Em carta divulgada na rede social Truth Social, Trump afirmou ter “causa suficiente” para afastar Cook. Segundo o republicano, há indícios de que a diretora apresentou informações falsas em dois pedidos de hipoteca, classificando ambos os empréstimos como residência principal — condição que costuma garantir taxas mais baixas.
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ToggleAcusações e investigação
A suspeita foi levantada por William Pulte, diretor da Agência Federal de Financiamento Habitacional (FHFA) nomeado por Trump. Ele sustenta que Cook se beneficiou irregularmente ao declarar duas propriedades como moradia principal. O Departamento de Justiça (DoJ) confirmou que apura o caso, mas nenhum documento foi apresentado publicamente até o momento.
Cook contraiu as hipotecas em 2021, quando ainda atuava como acadêmica. Sua declaração financeira de 2024 menciona três financiamentos imobiliários, sendo dois listados como residências pessoais.
Resposta de Cook
Em 20 de agosto, após ser instada a renunciar, Cook declarou que não pretendia abandonar o cargo “por causa de questões levantadas em um tuíte”. A diretora disse estar reunindo documentação para esclarecer seu histórico financeiro.
Implicações legais
Embora Trump venha ameaçando demitir integrantes do Fed — incluindo o presidente Jerome Powell —, a Suprema Corte sinalizou em maio que o chefe do Executivo não pode dispensar membros do conselho sem justificativa formal. O caso de Cook deve testar esse limite jurídico.
Imagem: Reuters via infomoney.com.br
Pressão sobre o Fed
A destituição de Cook intensifica a ofensiva do governo contra a atual composição da diretoria do banco central, em meio à cobrança de cortes mais agressivos nos juros. O mandato de Cook se estenderia até 2038. A saída abre espaço para novas indicações: Trump já propôs Michelle Bowman para o posto de principal reguladora bancária e avalia o nome de Christopher Waller para suceder Powell, cujo mandato à frente do Fed termina em maio de 2025, embora ele possa permanecer como diretor até 2028.
Nos últimos anos, questões éticas envolvendo imóveis e investimentos têm assombrado o Fed. Em 2021, os então presidentes das regionais de Dallas e Boston renunciaram após revelações sobre negociações em mercado financeiro, episódio que levou a instituição a reforçar suas regras de conduta.
Com informações de InfoMoney
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